Em coletiva de imprensa realizada nessa terça-feira, 28, o prefeito de Rio Pardo, Edivilson Brum, prestou contas do trabalho realizado pela administração municipal em 2021 e anunciou a chegada de uma nova empresa ao município. Para ele, as ações mais importantes foram as de austeridade fiscal, que permitiram o pagamento em dia da folha dos servidores e fornecedores, além dos empréstimos da gestão anterior. O objetivo foi atingido com a redução de secretarias e de gastos como diárias e linhas de telefone para secretários e cargos comissionados. Ainda em fevereiro, Rio Pardo deixou o Cadastro Informativo das Pendências perante Órgãos e Entidades da Administração Estadual (Cadin).

Brum exaltou as emendas recebidas de deputados estaduais e federais, que possibilitaram investimento na unidade móvel de saúde, equipamentos para o meio rural, revitalização da Praia dos Ingazeiros e do 2º Batalhão de Polícia Militar, que recebe o curso de formação de PMs. Para o desenvolvimento econômico, ações foram idealizadas para fomentar o empreendedorismo, como o Retoma Rio Pardo, Venda Mais Rio Pardo, Decola Jovem e Resgate Cidadão. Com o programa para recuperação de débitos fiscais (Refis), a arrecadação foi de R$ 3,5 milhões desde fevereiro.

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Em 2021, três pontes de concreto foram construídas, em Passo do Adão, Volta Grande e Passo Novo. Na zona urbana, dez ruas foram calçadas ou asfaltadas. Outras dez aguardam licitação para o próximo ano. Para o Hospital Regional, administrado pelo Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS) sob intervenção do governo estadual, a Prefeitura repassou R$ 1 milhão para pagamento de salários e compra de equipamentos, por meio do Fundo Municipal de Saúde, aprovado pelo Ministério Público.

No saneamento, um termo aditivo foi firmado com a Corsan para investimentos de R$ 100 milhões no abastecimento de água e esgotamento sanitário, outros R$ 14 milhões para despesas de capital, mais R$ 2,6 milhões de contrapartida adicional e ainda R$ 7 milhões para canalização de valas. Conforme o novo marco do saneamento, 90% da população precisa ter acesso a água e esgoto, de forma obrigatória, até 2033.

Para 2022, escolas de samba e Prefeitura já definiram que não haverá Carnaval. Brum garantiu que vai fazer repasses mensais durante o próximo ano para dar tempo de preparação às entidades, com foco em 2023. O que deve ocorrer é uma apresentação especial para marcar a data. Com relação à Festa do Peixe, nada foi definido até o momento. No que toca a pandemia, a evolução da vacinação é considerada satisfatória, já que 70% estão imunizados com ao menos a segunda dose.

A prestação de contas completa pode ser acessada neste link.

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Chegada da Languiru

A cooperativa Languiru vai investir R$ 12 milhões em Rio Pardo. O primeiro empreendimento é um agrocenter no trevo de acesso à cidade, na BR-471. Com aplicação de R$ 4 milhões, 12 empregos serão gerados. A loja vai dispor de medicamentos veterinários, insumos, linha de jardinagem, produtos de piscina, ferramentas, materiais hidráulicos e elétricos, e utensílios que dão suporte para o setor primário e às famílias dos centros urbanos.

Em uma área de seis hectares em Rincão Del Rey, a Languiru vai investir R$ 8 milhões em uma unidade para recebimento de grãos. Serão cinco empregos diretos. Brum destacou que as novidades serão importantes para o fomento da cadeia produtiva do leite e da produção de milho. “Já temos 70% dos produtores de leite como fornecedores da Languiru em Rio Pardo.”

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Conclusão da ERS-403

O prefeito Edivilson Brum está confiante na conclusão das obras de pavimentação da ERS-403. Com o rompimento de contrato com a empresa Arcol, a empreiteira Conpasul assumiu os dois trechos. Brum salientou que o governo estadual já reservou R$ 21 milhões para investir na conclusão da rodovia. Faltam 22 quilômetros de asfalto, entre a localidade da Arroio das Pedras e o entroncamento com a ERS-410.

Brum aproveitou para falar sobre o projeto do gasoduto. Há uma negociação com a Sulgás para a implantação de uma rede de 140 quilômetros, desde a BR-290, em Charqueadas. A articulação envolve os municípios do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale). “É um projeto importante para a economia regional”, enfatizou.

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Comitê estuda decreto de emergência

O período de estiagem atinge Rio Pardo de forma profunda, em razão dos prejuízos na agricultura, a principal fonte de renda do município. O secretário de Desenvolvimento Rural, Ramiro Goulart Pereira Rêgo, afirma que um comitê de crise foi criado em parceria com a Emater/RS-Ascar, sindicatos rurais, cooperativas e Defesa Civil. O objetivo é monitorar os efeitos da seca prolongada, que deve perdurar até maio.

Como ação paliativa, a Prefeitura abastece localidades com quatro caminhões-pipa por semana. Foram instalados pluviômetros em todos os distritos para uma medição oficial dos níveis de chuva. “Queremos recolher o máximo de dados possível para elaborar um decreto municipal de estado de emergência no início de janeiro, caso seja necessário”, explicou o secretário.

Os prejuízos já são contabilizados. No caso da soja, muitos produtores retardaram a semeadura. O milho safra deve ter uma quebra de 80% na produção. Melancia e tabaco chegam a 30% de redução. “Tivemos uma seca horrível em 2019, mas o nível de umidade no solo era bom. Agora, a estiagem começou cedo, estamos com pouca água e sem muitas reservas”, observou Rêgo. O milho safrinha, para silagem, vai afetar a pecuária, por causa da queda na alimentação do gado no inverno. “Há uma série de fatores envolvidos. Em cadeia, geram prejuízos em diversos setores”, complementou.

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