Há quatro meses, o prefeito de Herveiras, Paulo Nardeli Grassel (MDB), está afastado do cargo. A medida atende a um pedido do Ministério Público, que solicitou o afastamento do gestor para investigar uma suspeita de perseguição política na Prefeitura, denunciada no início do atual mandato, em janeiro de 2017. Conforme a advogada do prefeito, Cíntia Vogt, a liminar que pedia o retorno ao cargo não foi apreciada pela Justiça. “Agora estamos aguardando a manifestação do Ministério Público na ação civil pública que foi aberta. Isso não tem prazo para ser apreciado”, reforça.
LEIA MAIS: Justiça afasta prefeito de Herveiras
Além da contestação à ação, a defesa de Grassel ingressou com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o retorno do prefeito. Em Brasília, a ação também não foi julgada. Grassel foi afastado em 17 de outubro do ano passado, quando acabou o prazo do atestado médico que ele apresentou, no início daquele mês. A Justiça teria decidido pelo afastamento no dia 2 de outubro, data em que o prefeito deu início ao atestado.
Publicidade
Mesmo longe da Prefeitura, ele segue recebendo os vencimentos. Quem assumiu a cadeira foi o vice-prefeito Roberto Bringmann (PSB). O motivo da ação civil pública instaurada pelo Ministério Publico de Santa Cruz diz respeito à denúncia de que o prefeito teria transferido três professoras municipais, no início de 2017, motivado por questões políticas. A Justiça manteve a decisão de afastamento, pois Grassel é réu em outros processos, como o caso de suspeita de fraude em concurso público, em 2007.