Ainda sob forte emoção e durante o enterro do amigo e presidente da Chapecoense, Sandro Pallaoro, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSB), fez duras críticas à diretoria do Internacional, que ameaçou entrar na Justiça caso a partida entre Chapecoense e Atlético-MG não seja disputada na última rodada do Brasileirão. O Inter precisa da vitória, e de uma combinação de resultados, para escapar do rebaixamento.
“É muito bom quando um clube grande tem dirigentes grandes. O problema é quando um clube gigante tem dirigentes pequenos. O caso do Atlético Nacional é assim: um clube grande com dirigentes grandes. Diferente do Internacional que é um clube grande com dirigentes que… Bom, é melhor eu nem falar”, comentou, após o enterro do presidente.
A revolta de Buligon está relacionada às últimas declarações do vice-presidente de futebol do time gaúcho, Fernando Carvalho. O dirigente do Inter já deu declarações dizendo que o adiamento de rodadas “vai ser prejudicial ao clube” e que o time estaria “vivendo uma tragédia particular”.
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Uma das declarações mais fortes de Carvalho, e que mais incomodou torcedores e dirigentes da Chapecoense, foi dada durante entrevista à ESPN: “Já perdemos um campeonato no tapetão. Então, o Inter tem todas as questões éticas para defender o caso. Isso vai ser tratado com o jurídico. Não tenho problema de ter a fama de usar o tapetão”, avisou o dirigente, em alusão ao Brasileiro de 2005.
Os dirigentes do Inter já indicaram que podem entrar na Justiça caso o W.O. entre Chapecoense e Atlético-MG cause um efeito cascata – e outros times deixem de jogar a última rodada. Se o campeonato terminasse agora, o time gaúcho estaria rebaixado.
Desde a tragédia, clubes de todo o mundo se manifestaram em solidariedade a Chapecoense. Times da Série A, inclusive, prometeram emprestar jogadores gratuitamente para o clube se reerguer na próxima temporada.
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