A reposição do calçamento em vias públicas abertas pela Corsan para a execução de obras na rede de abastecimento de água têm gerado inúmeras reclamações por parte da comunidade. Após finalizar a recolocação do pavimento, principalmente no caso de paralelepípedos e bloquetes, muitas ruas acabam ficando com desníveis acentuados e até mesmo buracos, o que coloca em risco a segurança de condutores e pedestres.
Em razão dessa situação, a prefeita Helena Hermany convocou a estatal, junto com a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz (Agerst) para uma reunião que ocorreu nesta quarta-feira, 26, no salão nobre do Palacinho. Participaram o superintendente regional da Corsan, José Roberto Ceolin Epstein, o presidente da Agerst, Ernani Baier, o vice-prefeito e secretário municipal de Planejamento, Elstor Desbessell, o secretário municipal de Meio Ambiente, Jaques Eisenberguer e representantes da Procuradoria-Geral do Município e das secretarias municipais de Obras e de Meio Ambiente.
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Após a conclusão de serviços na rede de abastecimento, a reposição do calçamento aberto fica a cargo de empresas terceirizadas que mantêm contrato com a companhia. Porém, têm sido recorrentes situações em que a própria prefeitura precisa refazer o serviço, gerando retrabalho e desperdício de recursos. “Temos recebido muitas reclamações de ruas onde a Corsan abriu valas para colocação de rede nova ou correção de vazamentos e a reposição não ficou de acordo com o que deveria. A própria Secretaria de Obras está refazendo, o que não é trabalho da Prefeitura, portanto também vamos cuidar mais da fiscalização”, argumentou.
Durante as conversações ficou definido que a Prefeitura encaminharia ainda nesta quarta-feira um relatório com as ruas que apresentam problemas para que a Corsan possa refazer o serviço que não foi entregue a contento. Segundo a Administração Municipal, a relação compreende cerca de 30 vias em diversos bairros da cidade, como Bom Jesus, Pedreira, Santo Inácio, Schulz, entre outros. Ficou fixado um prazo de 30 dias, a contar desta quarta, para que a Corsan refaça as pavimentações que não ficaram em conformidade com o estabelecido em contrato. Depois disso, as partes devem voltar a se encontrar, para a apresentação de um balanço final.
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A prefeita Helena admitiu que transtornos são compreensíveis quando da realização de uma obra, porém deixou claro que, após a conclusão, o que se espera é a excelência. “A gente sabe que quando se faz uma obra, isso gera transtorno, a gente entende, acontece até mesmo quando se faz uma reforma em casa. Mas quando termina, tem que ficar 100%, o nosso povo cobra e merece o máximo em qualidade”, disse.
Para o superintendente regional da Corsan, José Roberto Ceolin Epstein, a cobrança por parte da Prefeitura é legítima. “Sabemos que as principais reclamações de pavimentações e buracos em vias públicas caem sempre na Administração Municipal porque o cliente não sabe se é água, se é esgoto ou se o serviço é da própria Prefeitura. É uma carga que a gente não quer gerar para a Administração, portanto vamos focar para equacionar esses problemas, aproveitando inclusive as condições climáticas porque o verão é um período melhor para se trabalhar”, disse.
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Epstein esclarece que a empresa propôs um plano de trabalho para os próximos 30 dias e que haverá, dentro desse período, uma redução na abertura de novas frentes de trabalho. “Vamos atuar priorizando a qualidade das pavimentações, depois fazer um inventário de como ficaram os serviços e também criar uma metodologia para as novas intervenções, trazendo mais compromisso das empresas que estão trabalhando conosco a fim de garantir a qualidade final no acabamento das pavimentações”.
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