Nos últimos 12 meses, o Índice de Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) acumulou queda de 24,1%, a maior desde 2010, início da séria histórica. O resultado está bem distante do IPCA Alimentos que teve uma deflação de -0,03% e do IPCA, com 1,18%. A diferente trajetória entre os indicadores comprova a diferença do comportamento entre os preços pagos aos produtores e o praticado nas prateleiras dos supermercados, não havendo relação entre eles. As informações estão no relatório divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul, nesta quinta-feira, 20.
Apesar do segundo mês consecutivo com altas, o primeiro semestre de 2017 também fechou com resultado negativo nos preços praticados no campo, atingindo -15,4%. Milho (-35%) e soja (-14%) foram os principais responsáveis pelo saldo. O quadro melhorou nos últimos dois meses, tendo o IIPR registrado 1,21% em junho. A recuperação de milho (1,3%) e soja (1,4%), junto com trigo (5%) e leite (1,7%) foram os principais responsáveis na composição do resultado.
Já o IICP (Índice de Inflação dos Custos de Produção) apresentou novamente deflação em junho. Mesmo com o aumento na taxa cambial, o resultado foi de -0,53%. Os agroquímicos, especialmente inseticidas, registraram as maiores quedas. A redução nos custos do diesel e, consequentemente, gastos menores com frete, também colaborou para o resultado. No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, os resultados também foram negativos com -4,70% e 3,79%, respectivamente.
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