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Preço dos ovos se mantém em alta nos supermercados

Um dos produtos mais presentes no dia a dia dos brasileiros ainda pesa no orçamento. Depois de uma série de altas, o ovo segue valorizado e dificilmente a dúzia é encontrada a menos de R$ 10,00. Foi isso que apontou um levantamento feito pela reportagem em cinco supermercados de Santa Cruz do Sul na última quarta-feira.

Em média, a dúzia ficou em R$ 12,11. O estabelecimento com o valor mais baixo cobrava R$ 9,98 pela dúzia do tipo vermelho, contudo, era um dia de oferta do local. Já no mercado com o preço mais alto, o mesmo produto foi encontrado por R$ 14,69.

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O presidente-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, diz que tem sido observado um ajuste na oferta com os preços subindo nos últimos meses. Alguns fatores levaram a isso, como o aumento do custo das sacas de milho, grão que compõe 70% da ração das aves. “Em maio houve uma redução, mas ainda impacta o preço da venda do ovo, do produto final, porque o produtor já trabalhou quase três anos com margens apertadas”, afirma. “No final do ano passado, para evitar de parar as atividades, alguns acharam por bem reduzir a produção.”

Santos explica que a guerra entre Rússia e Ucrânia foi um dos fatores que afetaram o setor, principalmente na questão do transporte de grãos. Outro ponto foi a expansão da gripe aviária na Europa e nos Estados Unidos, que é um grande produtor de ovos. “Automaticamente, o fornecimento para muitos países foi reduzido. Assim nós, que já estávamos com uma oferta ajustada para enfrentar aquele custo alto de produção, começamos a ser demandados por esses países que tiveram consequências da guerra e da doença.”

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Contudo, ele frisa que não há riscos de faltar a proteína no mercado. “Houve esse ajuste de oferta para o produtor se capitalizar e continuar produzindo justamente para evitar a falta acentuada de ovos no mercado interno.” Ressalta ainda que a maior demanda por exportações tende a reduzir a oferta interna e naturalmente elevar os preços. “Vamos ter um período de preços bem ajustados porque o mundo vem demandando a proteína do ovo cada vez mais.”

O Rio Grande do Sul é o segundo maior exportador de ovos e o quinto maior produtor do Brasil. Segundo Santos, só no ano passado o Estado exportou em torno de 2,6 mil toneladas e produziu cerca de 3,8 bilhões unidades por ano. Além de ser rico em nutrientes, o produto é um dos alimentos mais completos depois do leite materno, servindo como base para muitas refeições. “Além de omelete com legumes, pode fazer bolo, biscoitos, massas e pães. Então o ovo tem essa versatilidade e isso faz com que ele tenha uma grande procura.” Com a queda na cotação do milho, Santos acredita que talvez o preço seja readequado mais para frente.

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Nas feiras rurais

Nas feiras rurais de Santa Cruz do Sul, o preço médio da dúzia é de R$ 12,00. O presidente da Associação Santa-cruzense de Feirantes (Assafe), Carlos Waechter, diz que este período do ano não é muito propício para a produção de ovos, pois os dias são mais curtos e têm menos luminosidade para as galinhas formarem os ovos, o que colabora no aumento do preço. Além disso, o alto custo do milho também contribui para a elevação.

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