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Preço do pinhão cai quase pela metade no Estado

A colheita, o transporte e a comercialização do pinhão, liberados desde 15 de abril no Estado por uma portaria do Ibama, prometem animar produtores, comerciantes e consumidores. A produção será maior e o preço deve cair pela metade. De acordo com um levantamento feito pelos escritórios municipais da Emater/RS Ascar com agricultores extrativistas, estima-se que a colheita deste ano seja entre 30% e 100% superior à safra do ano passado, dependendo da região do Estado. Com média de 900 toneladas de pinhão por safra no Rio Grande do Sul, o volume maior neste ano deve-se às condições climáticas favoráveis no período de desenvolvimento da semente e à própria alternância de produção, característica da espécie.

Contudo, a quantidade varia de acordo com o município. Em Passa Sete, na região Centro-Serra, por exemplo, a safra será menor que a anterior. O município tem expressiva mata de araucárias e 20 famílias praticam a comercialização do pinhão como fonte de renda.

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Esses dados fazem parte de um levantamento feito com os próprios produtores, conforme explica a extensionista de Bem-estar Social do escritório municipal da Emater, Marly Todendi. “Apenas alguns deles iniciaram a colheita da pinha vermelha e têm sementes com quantitativo, outras nem tanto. Também temos oscilações em algumas localidades do município e ainda é cedo para precisar o montante da produção, mas será menor”, destaca Marly.

Toda a colheita é feita manualmente, por meio da coleta das sementes com a maturação das pinhas ou pela derrubada destas. A atividade ocorre entre os meses de abril e junho. A variedade da pinha branca começa a ser colhida no término de maio. Além de ser mais tardia, ela tem tamanho menor do que a outra. O preço do pinhão no município, que antes era de R$ 6,00, nesta safra está em R$ 10,00 o quilo.

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Em conta
Com a estimativa de produção em dobro nesta safra, o pinhão já pode ser encontrado quase pela metade do preço praticado no ano passado. O consumo do produto é tradição para muitas famílias do Sul quando começa a esfriar, seja in natura ou na elaboração de bolos, pudins, entrevero e outras receitas culinárias.

De acordo com o presidente do Sindigêneros do Vale do Rio Pardo e Taquari, Celso Müller, além da grande colheita no Estado, a supersafra no Paraná, em um primeiro momento, favoreceu a queda no preço. “A primeira remessa de pinhão que vem para cá é do Paraná, e só depois começam a chegar as sementes do Estado. O preço está muito em conta. No ano passado, o produto, que estava mais escasso, custava R$ 14,90. Hoje você o encontra pelo preço médio de R$ 9,00 o quilo, com muito mais quantidade e qualidade”, afirma.

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