Com a redução do preço da gasolina nas refinarias anunciado pela Petrobras na sexta-feira passada, consumidores devem ficar atentos ao valor pago na bomba.Levantamento realizado pela Gazeta do Sul no fim da manhã de ontem, em oito postos de vias importantes de Santa Cruz do Sul, apontou que a diferença chega a R$ 0,54 no litro.
O combustível mais barato foi encontrado no posto localizado no início do Acesso Grasel, no Bairro Santo Inácio, por R$ 3,659. Já o mais caro foi no posto da rótula do Três Coqueiros, no Arroio Grande, por R$ 4,199. Um frentista informou que o preço ainda não havia sido alterado desde o anúncio da Petrobras.
Embora a empresa tenha anunciado queda de 5,4% no preço da gasolina e 4,8% no diesel, empresários afirmam que o percentual repassado pelas distribuidoras teria sido em torno de 2%. Como alguns postos já teriam reduzido o valor para promoções no feriadão ou para acompanhar a concorrência, acabaram mantendo os valores. “A intenção era voltar com o preço anterior, mas ele está se mantendo em função da expectativa que temos pela redução”, comentou o empresário Roberto Ruschel.
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A previsão era de que, caso a redução fosse repassada integralmente ao consumidor final, poderia chegar a R$ 0,09 no litro da gasolina. Entretanto, donos de postos revelaram que receberam apenas cerca de R$ 0,06 para a gasolina e R$ 0,07 no diesel. O que se verificou em Santa Cruz foi que, entre os postos consultados e que já aplicaram descontos, houve queda de R$ 0,04 a R$ 0,14 no preço.
Consumidor estranha demora na redução
O industriário Rubem José Toillier, 45 anos, abastece o veículo a cada dois dias. Ele sempre compara os preços dos postos por onde passa para optar pelo de menor valor. Mantendo essa rotina, Toillier diz estranhar a demora no repasse da redução ao consumidor final.
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Toillier abastece a cada dois dias e sempre compara valores
Conforme o diretor regional do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Sulpetro), Sérgio Morales, o problema ocorre porque as distribuidoras não repassam os novos valores de forma imediata. A distribuidora que abastece uma empresa dele, por exemplo, estaria praticando o preço novo somente para compras feitas a partir de ontem.
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) informou que desconhece a política de preços praticada pelos seus associados. Além disso, salientou que “a composição do preço final de venda ao consumidor é complexa – leva em conta cinco variáveis (preço de aquisição do produto, tributos, logística, remuneração dos distribuidores e remuneração dos revendedores) – e está sujeita às oscilações de oferta e demanda de um mercado livre”.
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O Sindicom ainda reforçou que a variação de preços pode acontecer diariamente, independente de reajustes no produtor.
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