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Preço da carne está mais elevado neste Natal; confira valores dos cortes

Foto: Rodrigo Assmann

Consumidor deve procurar e aproveitar ofertas para escapar dos preços inflacionados, tendência que vai se manter em 2025

O churrasco, que também costuma ser uma tradição de fim de ano, estará mais caro em 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta da carne foi de 15,43%, conforme aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os cortes bovinos, o patinho foi o que mais encareceu no acumulado dos 12 meses, com 19,63%. Ele é seguido do acém (18,33%), do peito (17%) e do lagarto comum (16,91%). A única peça que ficou mais barata foi o fígado, com queda de 3,61%, aponta o índice. Considerando a variação mensal, as carnes tiveram alta de 8,02%. É a maior elevação do item na categoria desde dezembro de 2019, quando atingiu 18,06%.

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Segundo avaliação de economistas, o preço não deverá baixar em 2025 e a alta pode se estender até 2026. As quatro principais razões são: ciclo pecuário (após dois anos de muitos abates, a oferta de bois vai começar a diminuir no campo); clima (seca e queimadas prejudicaram a formação de pastos, principal alimento do boi); exportações (Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo e vem batendo recordes de vendas) e renda (queda do desemprego e valorização do salário mínimo estimularam compras de carnes).

O IPCA foi divulgado dias após o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, na sexta-feira passada. A carne está entre os produtos que terão imposto reduzido nas vendas ao bloco europeu. Apesar do anúncio, não há previsão de quando a medida entrará em prática.

Opções

Tradicionalmente, as aves natalinas, como peru e chester, são vendidas com preços elevados no período. Podem chegar a R$ 98,90 por quilo, já assadas, por exemplo. Para quem não dispensa o churrasco, a alternativa para escapar da inflação é optar por cortes bovinos dianteiros e outros tipos de proteína, como frango e suínos. É indispensável ficar de olho nas ofertas. Dá para aproveitar carnes diferentes, como a de ovinos, conforme as promoções.

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Pela lógica da oferta e procura, o pagamento do 13º salário e de bonificações neste fim do ano deve manter a demanda aquecida. Com uma menor oferta de bovinos no mercado e uma procura maior para a reta final de 2024, não há perspectiva para uma queda nos preços. A pesquisa em diferentes supermercados é o segredo para opções mais acessíveis e redução de impacto no orçamento doméstico.

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