Ondas de calor, secura vaginal, perda da libido e suores noturnos são alguns dos principais sintomas da menopausa, condição comum entre as mulheres com mais de 45 anos, caracterizada pela queda natural dos hormônios reprodutivos. De acordo com a médica endocrinologista Aline Maria Swarowski, a terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada para restaurar os níveis dos hormônios sexuais e prevenir doenças crônicas, como osteoporose e doenças cardiovasculares. Já a terapia hormonal na menopausa (THM) é indicada na perimenopausa e pós-menopausa para controlar os sintomas.
Para determinar se a terapia hormonal é uma boa opção de tratamento, o mais importante é conversar com um médico sobre os sintomas individuais e os riscos para a saúde. “A avaliação inicial da paciente deve incluir o estágio de envelhecimento reprodutivo, frequência e gravidade dos sintomas, história pessoal e familiar de câncer, doença cardiovascular, osteoporose e preferências da própria paciente”, descreve Aline.
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O início precoce do tratamento é aconselhável, pois fornece benefícios sobre as doenças cardiovasculares e a osteoporose. Além disso, a administração da terapia hormonal nos primeiros anos após o início da menopausa diminui significativamente a progressão da aterosclerose carotídea e a incidência de doença coronariana.
Indira Schwengber, ginecologista e mastologista, concorda que a terapia de reposição hormonal oferece benefícios para aquelas pacientes que têm indicações, e alerta que nem todas poderão fazer o tratamento. É o caso das mulheres que já tiveram ou que estão com câncer de mama, bem como daquelas com alguma história familiar da doença. “Para estas pacientes, nós oferecemos terapias alternativas para amenizar os sintomas da menopausa”, afirma.
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Como a terapia é feita
“Cada caso é um caso e existem várias formas, dosagens e tipos de estrógenos e de progesterona. A individualização é a chave para a gestão terapêutica, visando maximizar a eficácia e minimizar os riscos relevantes”, explica Aline. Os estrogênios são administrados como monoterapia em mulheres com histórico de histerectomia ou na forma de um regime combinado de estrogênio-progestogênio (EPT) em mulheres com útero intacto.
Quando fazer
A terapia de reposição hormonal é indicada principalmente para mulheres com sintomas moderados a graves relacionados à menopausa, além de outras situações específicas, tais como:
- Sintomas vasomotores moderados a severos (calorões e fogachos).
- Atrofia urogenital moderada a severa.
- Prevenção das alterações da massa óssea associadas à menopausa em mulheres de alto risco para fraturas.
- Quando os benefícios forem maiores do que os riscos do uso da terapia hormonal.
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Saiba mais sobre reposição hormonal
- Contraindicações
Como toda terapia, a TRH tem contraindicações, pois pode resultar em efeitos colaterais e riscos para as pacientes, sendo necessário cuidado no uso. - Contraindicações absolutas
Câncer de mama, câncer de endométrio, doença hepática grave, sangramento genital não esclarecido, história de tromboembolismo agudo e recorrente, porfiria. - Contraindicações relativas
Hipertensão arterial não controlada; diabetes mellitus não controlada; endometriose; miomatose uterina.
Fique atenta!
Segundo Indira, as pacientes que têm indicação da terapia de reposição hormonal, naturalmente, terão benefícios. Contudo, elas devem ser acompanhadas e monitoradas, pelo menos uma vez por ano, por um ginecologista. Importante, também, fazer exames de rotina, exames de imagem das mamas e avaliações periódicas com um cardiologista.
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