A chuva de segunda-feira em Santa Cruz do Sul foi importante para amenizar os impactos da estiagem, mas não suficiente para sanar os problemas hídricos. Para uma recuperação plena das culturas agrícolas, por exemplo, o ideal seria um volume de 40 milímetros semanais. Conforme os dados da estação meteorológica da Gazeta Grupo de Comunicações, o acumulado na segunda-feira chegou a 53 milímetros.
A chuva foi irregular na região, mas ajudou na recuperação de algumas lavouras, extremamente castigadas pelo solo totalmente seco. De acordo com o técnico em agropecuária Vilson Pitton, da Emater/RS-Ascar, seria importante uma chuva regular, com aproximadamente 40 milímetros semanais.
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Pitton ainda aponta a queda na temperatura, durante a chuva, como fator importante. “Em alguns pontos, choveu mais de 50 milímetros, mas em outros tivemos menos de 20 milímetros. Ameniza a situação de forma momentânea. A queda na temperatura foi positiva porque favorece a redução da evaporação”, explicou.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares, Renato Goerck, acredita em recuperação das lavouras caso as precipitações se mantenham. Para ele, é importante chover de forma constante para abastecer os açudes e reservatórios de água.
De acordo com o presidente da Associação Santa-cruzense de Feirantes (Assafe), Carlos Waechter, as hortaliças mais prejudicadas são repolho, couve-flor e cenoura. Os motivos são a demanda maior de irrigação e o fato de não estarem protegidas com sombrite. Com isso, a produção será menor. Muitos agricultores não irão replantar as variedades perdidas. A maioria vai concentrar a água para irrigação por gotejamento nas estufas.
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Waechter salienta que não há risco de desabastecimento nas feiras. A oferta de produtos é da colheita de meses anteriores, menos afetados com a estiagem. O que ajuda também é a menor demanda nesta época do ano. O problema, segundo ele, será para o plantio de agora em diante, se a falta de chuvas regulares persistir.
Mais da metade dos municípios gaúchos estão em situação de emergência
Dos 497 municípios gaúchos, 274 decretaram situação de emergência. São 123 com homologação estadual e 60 com reconhecimento federal. No Vale do Rio Pardo, a lista conta com Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Rio Pardo, Pantano Grande, Sinimbu, Mato Leitão, Passo do Sobrado e Boqueirão do Leão.
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