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Práticas conservacionistas garantem mais produtividade e qualidade nas lavouras de Sinimbu

Uma área de três hectares que por muito tempo trouxe dor de cabeça para o produtor Charles Waechter agora é motivo de comemoração. Desde que passou a integrar um programa de manejo do solo da UTC Brasil, em parceria com a Emater e a Prefeitura de Sinimbu, nem mesmo a experiência de mais de 45 anos de Waechter na lavoura impediu a surpresa com o resultado obtido. Fato notado por ele, pela esposa e pelo filho, que juntos são os responsáveis pela propriedade de 38 hectares, sendo sete deles dedicados exclusivamente ao tabaco.

Tudo se deve ao bom rendimento no espaço de terra da propriedade, localizada em Rio Pequeno, interior de Sinimbu. Se antes a área de três hectares que costeia o Rio Pequeno exigia uma grande quantidade de adubo para uma produção mínima, diferente do restante da propriedade, hoje a realidade é outra. Na última safra, por exemplo, somente ao que diz respeito ao tabaco, foram 25 mil pés com qualidade, produção que quase dobrou em comparação com a safra anterior.

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Os resultados também foram satisfatórios – apesar da estiagem – com relação ao milho, o segundo produto em área plantada por Waechter. “A gente sempre aprende com o tempo, mas de fato fiquei muito contente e surpreso com a mudança que aconteceu em função desse cuidado maior com o solo. Nunca cheguei a uma produção como a que tenho hoje em termos de qualidade e quantidade. Antes gastava uma quantidade absurda em adubo e o resultado não era nem parecido”, salientou.

O que foi feito nos três hectares

Desde o início das atividades do programa de manejo e conservação do solo, que teve os principais resultados na safra 2022/2023, foram adotadas nos três hectares até então pouco produtivos da propriedade da família Waechter práticas como correção de solo, adubação adequada e colocação de plantas de cobertura. Assim, conforme o orientador da UTC Brasil, Felipe João Weigel, a iniciativa proporciona um melhor ambiente para o desenvolvimento das culturas comerciais, como tabaco e milho.

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Por meio do programa, ações como rotação de cultura, curvas de nível e plantio direto têm impacto negativo menor no manejo do solo, melhorando a estrutura física e o conjunto de macro e micro-organismos que habitam o solo. Em função dos resultados obtidos, a propriedade da família Waechter se tornou uma Unidade de Referência Técnica. Lá, mais de 80 agricultores de Sinimbu também passaram a receber orientações sobre técnicas de manejo e cuidados com o solo. “Os benefícios diretos do programa são pensados para o produtor com a melhora da produtividade e da qualidade da plantação. Ao proteger o solo, melhoramos a qualidade de vida de todas as pessoas e criamos um ambiente mais saudável”, destaca Felipe Weigel.

A Data

Celebrado neste sábado, 15, o Dia Nacional da Conservação do Solo foi instituído em homenagem ao nascimento do americano Hugh Hammond Bennett (15/04/1881 – 07/07/1960), considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos e o primeiro responsável pelo Serviço de Conservação de Solos daquele país. No Brasil, a data foi criada por meio da lei 7.876, em 13 de novembro de 1989, por iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com o objetivo de aprofundar os debates sobre a importância do solo como fator básico da produção agropecuária e a necessidade de uso e manejo sustentáveis.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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