Você já imaginou as belas praças de Santa Cruz do Sul, a Getúlio Vargas e a da Bandeira, cercadas para evitar a entrada de animais de grande porte? Pois assim era a cidade até os primeiros anos do século 20. As fotos da época, preservadas no arquivo de Luiz Kuhn, nos mostram estes logradouros no passado.
A Praça Getúlio Vargas (que já foi Praça de São Pedro e Praça da República), a popular Praça da Matriz, por muito tempo foi apenas um potreiro. Os moradores levavam os animais para pastarem na área. Com o plantio de árvores e flores, ela precisou ser cercada com moirões e quatro fios de arames.
Em cada esquina existia uma porteira para acesso. Na esquina da Rua Marechal Deodoro com a Ramiro Barcelos (em frente ao Dom Alberto), havia um espaço apropriado onde, aos domingos, ficavam os cavalos dos moradores que vinham para a missa na Igreja Matriz.
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A Praça da Bandeira (já foi denominada de Praça Simões Lopes e Praça do Carvalho), a tradicional Praça da Prefeitura, também era um campo onde pastavam animais. Em 1889, quando parte do Palacinho ficou pronto e o local tornou-se sede do governo, ela começou a ser ajardinada.
Para evitar o acesso de animais, a praça foi cercada com grades de ferro. O portão principal ficava na Floriano, alinhado com a porta do Palacinho, e havia acessos nas esquinas e no meio de cada quarteirão. Em 1922, o intendente Gaspar Bartholomay determinou a retirada das grades.
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Fonte: Arquivo da Gazeta do Sul
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