Consideradas saturadas pela concessionária Rota de Santa Maria, as praças de pedágio de Venâncio Aires e Candelária, na RSC-287, vão ser ampliadas para acelerar a passagem de veículos. As obras devem começar no mês que vem. Segundo o diretor-presidente da empresa, Renato Bortoletti, a ideia é implantar mais duas pistas em cada um dos terminais. Atualmente, a praça de Venâncio, por onde passam em média 12 mil veículos por dia, conta com seis cancelas.
Já a de Candelária, cujo fluxo diário chega a 8 mil veículos, dispõe de quatro. Episódios de lentidão foram registrados em diversos momentos nos últimos meses, sobretudo em Venâncio. Nas primeiras semanas após a transição na gestão, que ocorreu no dia 31 de agosto, o problema foi atribuído à migração do sistema e dificuldades com o troco, já que a tarifa caiu de R$ 7,00 para R$ 3,70. No último domingo, volta do feriadão de ano-novo, também houve formação de filas.
De acordo com Bortoletti, para evitar a situação, a empresa vem operando com todas as cancelas abertas e com arrecadadores na pista em momentos de pico. A revitalização das praças é uma demanda antiga. Em 2015, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) chegou a apresentar um projeto para ampliar o terminal de Venâncio, que passaria a contar com 12 faixas, mas só o que saiu do papel foram pequenas adequações. Além de mais pistas, o plano inclui reformar a estrutura atual.
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Com o investimento, as praças também passarão a contar com uma pista extra larga para facilitar a travessia de máquinas agrícolas e veículos maiores. Segundo Bortoletti, para evitar prejuízos ao fluxo durante as obras, primeiro serão construídas as novas pistas. Depois, serão bloqueadas duas pistas por vez para as reformas. “Se deixarmos uma pista a menos, causa um problema enorme, mesmo no período noturno”, observa. Também está nos planos da concessionária estimular a adesão dos motoristas ao sistema de pagamento automático.
Hoje, há uma única pista exclusiva para quem possui as tags, que fica na praça de Venâncio, no sentido Capital-Interior. A intenção é que, no futuro, todas as praças da rodovia – no total, serão cinco –, contem com pelo menos uma faixa exclusiva, que tem capacidade para 1,2 mil veículos por hora, enquanto as pistas de atendimento manual atendem de 200 a 250 veículos.
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Bortoletti lembra que atualmente é possível aderir ao sistema automático com isenção de mensalidade por pelo menos 12 meses graças a parcerias da Rota de Santa Maria com empresas que prestam o serviço. As tags podem ser retiradas nas praças, na sede administrativa da concessionária ou nas próprias empresas. Mais informações podem ser obtidas pelo 0800 1000 287.
Cobrança nos três novos terminais começa em setembro
A cobrança nas três novas praças de pedágio da RSC-287 deve começar no dia 1o de setembro, na largada do segundo ano de concessão. A Rota de Santa Maria, porém, já deu início às intervenções para implantação dos terminais no quilômetro 47, em Taquari, e no quilômetro 168, em Paraíso do Sul. A terceira praça ficará no quilômetro 214, em Santa Maria.
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O contrato assinado com o Estado também prevê que a tarifa, atualmente em R$ 3,70, seja corrigida anualmente no dia 31 de agosto, com base no IPCA acumulado em 12 meses – no caso, entre junho de 2021 e junho de 2022. Com as novas praças, haverá um terminal a mais entre Santa Cruz e Porto Alegre – um em Venâncio, um em Taquari e o de Montenegro, na BR-386.
Promessa é recuperar o pavimento até junho
A projeção da Rota de Santa Maria é concluir a recuperação do pavimento em toda a extensão da rodovia até junho. Nos últimos meses, conforme o diretor-presidente Renato Bortoletti, a empresa priorizou o trecho entre Candelária e Paraíso do Sul, que até a transição estava sob responsabilidade do Daer e se encontrava em condições críticas. A partir daí, o plano é seguir com os trabalhos em direção a Tabaí.
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As intervenções até agora incluíram melhorias no sistema de drenagem, com limpezas em bueiros e galerias, e reparos em pontes. Nos próximos meses, além de recapeamento, a ideia é revitalizar a sinalização vertical (marcos quilométricos, paradas de ônibus e placas) e horizontal (tachões e pinturas na pista). Para o segundo ano de concessão, que se inicia em setembro, estão previstos reparos estruturais, mais profundos.
Já a aguardada obra de duplicação só vai começar no terceiro ano. Outro tema que está no radar da empresa é a educação. Conforme Bortoletti, a empresa mapeou os principais pontos de acidentes e concluiu que boa parte dos casos deve-se à imprudência dos condutores – como utilização de celular ao volante, por exemplo. A intenção é implantar placas com alertas nesses locais para conscientizar motoristas.
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A partir de março, a empresa também vai reforçar a infraestrutura de atendimento, com mais três guinchos leves (hoje há apenas um) e dois guinchos pesados. O número de ambulâncias passará de um para quatro e também serão incorporados um caminhão do tipo comboio (para serviços como recolhimento de animais na pista, por exemplo) e um caminhão munck (para retirada de árvores caídas na estrada, por exemplo).
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