Há um mês, o bacharel em Direito e escritor Willian Oliveira Taschetto, 28 anos, vivencia a experiência de ser pai. No dia 12 de março, nasceu Bella, de seu relacionamento com Juliana da Rosa Almeida. E dentro de algumas semanas, no dia 4 de maio, um sábado, a partir das 17 horas, apresentará na 35ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul a sua nova produção literária, o volume de poesia Pra que rimar amor e dor?, sua terceira incursão pela publicação no intervalo de cerca de um ano. A obra chega sob o selo da editora Vírtua, de Caxias do Sul, pela qual também lançou os dois primeiros.

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Os dois acontecimentos, o nascimento da filha e a chegada de novo livro, estão diretamente relacionados. Foi vivendo a expectativa da paternidade, na companhia da esposa, que lhe despertou mais intensamente a poesia. Até então escrevera textos curtos, em sua maioria na forma de aforismos, alternados com alguns poemas, em sua estreia com a obra Desaforos & aforismos, em abril do ano passado. Ainda no mesmo ano, no segundo semestre, lançou um segundo volume, Caderno secreto de um beat moderno, no qual exercitou uma forma de reflexão e de escrita inspirada nos expoentes da geração beat do século 20, em especial Jack Kerouac, Allen Ginsberg, William Burroughs e Neal Cassady.

Nascido em Mata, na região de Santa Maria, Willian reside em Santa Cruz do Sul desde 2015, quando se fixou nessa cidade para cursar Direito, na Faculdade Dom Alberto. Obteve o bacharelado em 2022, e seguiu com uma especialização em Direitos Humanos e Ressocialização e com uma pós em Psicologia Analítica Junguiana. Atua junto ao Centro de Ensino Integrado Santa Cruz (Ceisc), desde 2021.

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Em consonância com a nova fase de sua vida conjugal e agora familiar, as quatro seções de Pra que rimar amor e dor? remetem aos afetos que lhe inspiram os versos. Em “O poeta devaneia só”, busca assimilar as circunstâncias que dão nova tonalidade a sua rotina; em “O poeta e sua musa”, explicita seus sentimentos à mulher amada; na terceira série, “Do poeta para alguém”, as homenagens, sendo uma delas a Bella, no poema “Tum, tum, tum” (“Lá estava eu / Boquiaberto / Ouvindo o / Tum, tum, tum / Do teu coração”); para concluir, na seção “O poeta e sua mira certeira”, poemas curtos e aforismos, como o de “Anarquia II”: “Não há ato mais anárquico do que o de viver o que se sente.”

Ficha

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Em primeira mão

O Magazine compartilha com exclusividade um poema que integra o livro Pra que rimar amor e dor?, de Willian Oliveira Taschetto, a ser lançado no dia 4 de maio, durante a 35ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul. Além dessa ocasião, quando haverá sessão de autógrafos, a obra pode ser encontrada em livrarias da cidade. Interessados em adquirir exemplar ainda podem fazer contato com o autor pelo fone (51) 98022 9270.

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“Eu agradeço”

Obrigado a Caetano
Gil e Gal
Que tornaram o país
Mais tropical

Agradeço ao Glauber
E seu cinema novo
Que fez o Brasil
Conhecer de verdade
O seu povo

Obrigado a Sérgio Buarque
Que tornou nosso céu
[mais azul,
Nosso futuro mais anil
Nos mostrando as raízes
[do Brasil

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Ahh, como eu gosto de 22
Quando mudamos o prato
Para a nossa própria carne
E não mais só feijão com arroz

Tarsila e Malfatti
Que com seus toques
Deram ao Brasil
muito mais que arte

E também agradeço aos
[desvairados

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Dos Andrade
Que devolveram ao Brasil
A sua brasilidade

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