Com a inflação superior a dois dígitos em algumas capitais brasileiras, puxada principalmente pelo preço de alimentos básicos como arroz e feijão, o presidente Jair Bolsonaro aconselhou apoiadores a comprarem fuzil, mesmo que seja caro. “Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Aí tem um idiota: ‘Ah, tem que comprar é feijão’. Cara, se você não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, disse Bolsonaro, em frente ao Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira, 27.
O presidente disse, mais uma vez, que não quer inflação alta, mas que isso não depende de seu governo. O controle da alta de preços, no entanto, é a principal missão do Banco Central, que tem instrumentos para desacelerar a inflação. “Não teve aumento de nada no meu governo”, declarou o chefe do Executivo a apoiadores nesta manhã, embora os números da inflação mostrarem que alimentos, energia elétrica, combustíveis e outros itens tiveram os preços acelerados nos últimos meses.
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Apesar de reconhecer o alto custo de vida nacional, Bolsonaro voltou a dizer que “a economia deu uma balançada, mas estamos consertando”. Reforçando as críticas contra as medidas adotadas pelos governadores no combate à pandemia da Covid-19, Bolsonaro disse que “político preocupado com vida do pobre está de sacanagem”. O presidente, no entanto, ponderou que lamenta as mortes pela doença. “Mas acontece, a vida é essa, mas destruir o País por causa disso?”.
Para driblar a crise hídrica no País, o presidente reforçou pedido feito nessa quinta-feira, 26, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, para a população reduzir o consumo de energia nas casas. “Vamos apagar luz em casa, ajude a economizar energia”, apelou Bolsonaro. Ainda que o governo federal se recuse a falar em racionamento, o chefe do Executivo reconheceu que “não tem mais água nas hidrelétricas”.
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