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Poupança fecha 2018 com captação líquida de R$ 38,260 bi, diz Banco Central

Aplicação mais popular entre os brasileiros, a caderneta de poupança encerrou o ano de 2018 com captação líquida de R$ 38,260 bilhões, informou nesta segunda-feira, 7, o Banco Central. O saldo positivo é o maior desde 2013, quando os brasileiros haviam aplicado R$ 71,048 bilhões líquidos na poupança. Na época, o País ainda não havia passado pelo período de recessão.

A captação positiva da poupança no ano passado reflete, em grande parte, o processo de retomada da economia. Embora os dados de atividade de 2018 ainda não tenham sido fechados, a expectativa do mercado financeiro é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha subido 1,3%. Neste ambiente, as famílias também tiveram mais espaço no orçamento para guardar dinheiro.

No ano passado, os depósitos brutos na poupança somaram R$ 2,253 trilhões. Já os saques atingiram os R$ 2,214 trilhões. 

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Com a captação positiva de R$ 38,260 bilhões no ano, a caderneta de poupança encerrou 2018 com um saldo total de R$ 797,281 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 34,417 bilhões verificados ao longo do período.

Em anos anteriores, os resultados foram piores. Em 2014, quando o PIB havia crescido apenas 0,5%, a captação líquida havia sido de R$ 24,034 bilhões. 

No ano seguinte, quando o Brasil amargou recessão de 3,5%, os brasileiros sacaram R$ 53,568 bilhões líquidos da poupança. Na época, com o desemprego em alta e a renda em queda, as famílias recorreram à caderneta para fazer frente a despesas regulares. 

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Em 2016, com a retração de 3,3% do PIB, os saques líquidos da poupança somaram R$ 40,702 bilhões. Já em 2017, com o crescimento de 1,1% da economia, houve captação líquida de R$ 17,127 bilhões. 

Mais renda, mais poupança

Após a queda da renda dos trabalhadores nos anos de recessão, houve um início de retomada nos últimos anos, como apontam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mesmo vale para o emprego, que iniciou processo de retomada gradual. 

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Com mais renda, as famílias passaram a ter mais espaço no orçamento para poupar. Nos 12 meses de 2018, houve captação líquida na poupança em nove deles. Apenas em janeiro e fevereiro – quando os saques para pagamento de despesas como IPVA, IPTU e matrículas escolares aumentam – e no mês de outubro as retiradas da poupança superaram os depósitos.

Em dezembro – mês em que os aportes aumentam, em função do pagamento do 13º salário –, a captação líquida foi de R$ 14,607 bilhões. 

Essa procura maior pela poupança ocorreu apesar de a rentabilidade ser, atualmente, inferior ao visto em anos anteriores. Hoje a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está próxima de zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros da economia). A Selic, por sua vez, está em 6,50% ao ano desde março de 2018.

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Essa regra de remuneração vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Essa remuneração, mais elevada, deixou de valer em setembro de 2017, quando a Selic passou para abaixo do nível de 8,50%. 

Brasil

Apesar dos resultados positivos da caderneta em 2018, os brasileiros ainda não têm o hábito de guardar dinheiro. Dados do Banco Mundial mostram que, em 2017, apenas 32% dos brasileiros com mais de 15 anos de idade guardaram alguma quantia – seja na caderneta, seja em qualquer outra aplicação financeira. A média global é de 48%. Nos países de alta renda, o porcentual é de 73%.

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João Caramez

Em 2010, aceitei o convite para atuar como repórter estagiário no Portal Gaz, da Gazeta Grupo de Comunicações. Era o período de expansão do site, criado em 2009, que tornou-se referência em jornalismo online no Vale do Rio Pardo. Em 2012, no ano da formatura na graduação pela Unisc, passei a integrar a equipe do jornal impresso, a Gazeta do Sul, veículo tradicional de abrangência regional fundado em 1945. Com a necessidade de versatilidade para o exercício do jornalismo multimídia, adquiri competências em reportagem, edição, diagramação e fotografia para a produção de conteúdo em texto, áudio e vídeo. Entre as funções, fui editor de País/Mundo e repórter de Geral. Atualmente, sou repórter de Esporte e produzo conteúdo para o site Portal Gaz e jornal Gazeta do Sul. Integro a mesa de debatedores do programa 'Deixa Que Eu Chuto', da Rádio Gazeta FM 107,9, desde 2018. Em 2021, concluí uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela Ulbra.

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