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Postos de saúde de Santa Cruz passam a contar com equipe médica completa

Foto: Bruno Pedry

A área da saúde em Santa Cruz do Sul vai finalizar 2023 com uma boa notícia. Após cerca de cinco anos, todos os postos de saúde do município passam a contar com médicos, que atendem de segunda a sexta-feira, nos períodos da manhã e da tarde. Conforme o secretário de Saúde, Fabiano Dupont, o maior déficit aconteceu em 2018, com a saída de alguns profissionais que vieram por meio do Programa Mais Médicos, do governo federal. “No entanto, a falta não foi contínua, ocorreu em alguns períodos”, explica. 

Hoje, a Atenção Básica conta com 68 médicos, 13 deles vindos recentemente do Mais Médicos e um contratado. No total, são 21 profissionais pelo programa e outros dois que vieram do Médicos pelo Brasil, também do governo federal. Segundo informações da secretaria, na rede de atenção primária à saúde de Santa Cruz atuam 27 equipes de Saúde da Família, seis Unidades de Atenção Primária e uma Unidade de Saúde Prisional.

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Nas equipes de Saúde da Família, há médicos generalistas que atendem todas as pessoas no território da unidade. Já nas Unidades de Atenção Primária, médicos generalistas, pediatras e ginecologistas compõem a equipe. Na Unidade Prisional, há um médico generalista. Conforme Dupont, com o aumento de médicos nas unidades, espera-se promover um maior acesso aos usuários do SUS e diminuir o tempo de espera para consultas.

Atuando como supervisora médica na Atenção Básica, Clauceane Venzke Zell relembra que quando o quadro estava incompleto, os profissionais faziam rotatividade nas unidades. “Hoje conseguimos cobrir os que faltavam e temos uma sobra para reforçar as equipes que já tínhamos”, afirma. Os postos também contam com médicos volantes, que cobrem as unidades quando outro profissional está fora por algum motivo. “Agora podemos montar para que nenhum posto fique sem médico”, diz Clauceane.

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Outro transtorno diário pela falta de médicos nos postos é a sobrecarga da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Esmeralda, do Hospitalzinho e do Pronto Atendimento do Hospital Santa Cruz (HSC). De acordo com Dupont, o diretor do HSC, Vilmar Thomé, aponta que mais de 60% dos atendimentos no PA são de níveis azul e verde, que poderiam ser feitos nos postos de saúde. Com a chegada dos profissionais, a tendência é de que diminua o movimento nas portas de entrada, diz Clauceane, “porque as consultas que não precisam estar lá vão para os postos de saúde”. 

Mudança gradativa com a redução das filas

Clauceane revela que, nas últimas semanas, a unidade que mais sofreu com a falta de profissionais foi a do Bairro Progresso, onde não havia médicos para atendimento. “Uma das médicas está em licença-maternidade e outro pediu exoneração. Agora colocamos dois novos lá.” Nos demais, a supervisora diz que o grande problema era com a demanda excessiva. Depois da pandemia, muitas pessoas deixaram de ter plano de saúde e migraram para o SUS. A partir disso, a necessidade de médicos em todas as unidades do município tornou-se essencial.

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No momento, as consultas que já haviam sido agendadas para pacientes no início do ano que vem estão sendo antecipadas de modo gradual. “Não vai ser de uma hora para a outra que vamos dar conta da demanda, mas na medida em que o tempo for passando”, salienta Clauceane. 

O secretário de Saúde acredita que os índices positivos vão aparecer assim que as filas para consultas começarem a diminuir. Fabiano Dupont pede compreensão e paciência da população que precisa do atendimento. “Os médicos vão trabalhar, e a coordenação está junto.”

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Clauceane ressalta a atribuição dos médicos que atuam nos postos e que atendem desde a Atenção Primária até a pessoa idosa. Além disso, as unidades estão sendo preparadas para que os profissionais façam pequenos procedimentos cirúrgicos, se necessário. A prefeita Helena Hermany ressalta que suprir a falta de médicos era uma das metas da gestão. Ainda segundo ela, os santa-cruzenses precisam de uma atenção especial na saúde. “Encerrar o ano com mais essa conquista me deixa aliviada e muito satisfeita.”

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