Encruzilhada do Sul realizou recentemente a primeira Conferência Nacional da Saudabilidade do Azeite de Oliva Extravirgem. O evento reuniu produtores, gestores públicos e especialistas na área da saúde para discutir os benefícios do consumo do produto pelo ser humano. O município é responsável pela maior área plantada com oliveiras no Brasil, com mais de 500 hectares cultivados. Já o Rio Grande do Sul é o maior produtor do País, respondendo por cerca de 75% da produção total brasileira.
Durante a conferência, a Secretaria Municipal de Saúde detalhou um plano de ação para inserção do azeite na rede básica de saúde. De acordo com a assessora especial da saúde, Milene Ulinoski, a proposta passará a vigorar a partir de 2024. “Encruzilhada possui um reconhecimento de maior área plantada de oliveiras no País. Nós precisamos colocar o município no patamar que merece graças a esses produtores que o escolheram para plantar.”
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Já o médico ortomolecular Douglas Bock, também especialista em Saúde da Família e Comunidade, salientou que o azeite de oliva precisa ser prensado a frio para possibilitar a extração de um triglicerídeo que é formado por glicerol e três ácidos graxos, responsáveis pela questão da acidez no azeite. “Eles trazem benefícios antioxidantes e anti-inflamatórios para o coração e sistemas cardiovascular e nervoso”, explica.
De acordo com a nutricionista Cláudia Duarte, especialista em Saúde Pública, o objetivo é possibilitar aos grupos que frequentam as unidades a degustação desses produtos. Segundo ela, o azeite comumente já faz parte das prescrições, mas o grande desafio é demonstrar aos pacientes todos os benefícios que ele traz.
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O médico cardiologista Matheus Donadel reforçou a importância do azeite para o sistema cardiovascular. “Se formos escolher uma doença para prevenir e ganhar maior longevidade, são as cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).” Chamou a atenção ainda para a ligação com a prevenção ao diabetes e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
O prefeito de Encruzilhada do Sul, Benito Fonseca Paschoal, ressaltou a importância da olivicultura para a economia local. “Cabe a nós, gestores, divulgar ainda mais a diferença do azeite importado para o brasileiro extravirgem, isso tem que ser esclarecido para a sociedade”, enfatizou. Ele falou ainda sobre a possibilidade de levar esse produto também para as escolas do município.
O Ibraoliva lidera uma campanha contra a fraude dos azeites de oliva extravirgens. Um estudo do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária no Rio Grande do Sul (LFDA/RS) em setembro deste ano analisou 46 amostras de azeites importados classificados como extravirgem. O resultado mostrou que 82,6% deles não atendem aos padrões sensoriais dessa classificação.
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Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), não se trata de fraude, visto que o azeite é legítimo, mas irregularidade de classificação. Nesse caso, as diferenças de qualidade e características sensoriais devem ser identificadas para não induzir o consumidor ao erro.
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