Nessa época de quarentena, enclausurado em casa, vou descrever algumas viagens que fiz por alguns países, acompanhado da esposa. Foram prêmios nacionais proporcionados por empresas seguradoras, exclusivo dos maiores produtores, que se destacam nacionalmente. Era uma rara oportunidade para conviver e trocar experiências com os mais variados colegas de inúmeros estados, além dos diretores e do presidente da seguradora.
A viagem a Portugal aconteceu entre 16 e 24 de junho de 2000, e o destino foi a cidade do Porto. Era o início da nossa descoberta das belezas deste país, de tantos laços afetivos e históricos com nosso Brasil.
Fizemos, com diversos ônibus fretados, uma verdadeira peregrinação pelos principais pontos turísticos. Os gerentes da filial de Porto Alegre eram os anfitriões da turma dos gaúchos. A delegação era composta de 170 pessoas de todo o Brasil.
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Na chegada, o hotel reservado era o Porto Palácio, muito movimentado na época por hospedar representantes dos governos da União Europeia. Lá acontecia uma reunião importantíssima, e havia um forte aparato de segurança. Brincamos que era por nossa presença no local.
Tivemos a oportunidade de fazer um belíssimo passeio pelo Rio Tejo, conhecendo as cinco pontes e margeando a deslumbrante paisagem da cidade ao por-do-sol. Tomamos todo o estoque de cerveja do barco.
No outro dia, fomos a Guimarães, nos arredores do Porto, considerada o berço da nação portuguesa, onde conhecemos o Paço Ducal, palácio construído no século XV.
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À noite, jantamos nas Caves Taylor, que ficam do outro lado do Rio Tejo, e tivemos a oportunidade de degustar os principais vinhos e apreciar a maravilhosa vista da cidade do Porto. Um espetáculo!
No dia 19 de junho, rumamos à cidade de Sintra, ocasião em que conhecemos a famosíssima Universidade de Coimbra, a mais antiga e prestigiosa de Portugal e que tem uma biblioteca de 300 mil livros. Ficamos impressionados com a visita à Capela Universitária, toda dourada e repleta de morcegos, que fazem dela sua moradia.
À tarde, chegamos ao Hotel Penha Longa, um antigo mosteiro, onde se hospedou a família real portuguesa, e desfrutamos das comodidades, como campo de golfe, quadras de tênis, piscinas interna e externa.
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No outro dia rumamos a Algarve, lugar de praias maravilhosas. No trajeto, chegamos a Évora, onde visitamos a Capela dos Ossos, situada dentro da Igreja de São Francisco, que começou a ser construída no século XVII, com os restos mortais de 5 mil monges. As suas paredes são decoradas com os ossos humanos. As mulheres mais sensíveis ficaram comovidas com aquela paisagem macabra no interior da capela.
Em longas horas de viagem, pudemos apreciar as paisagens durante o trajeto. Impressionantes as imensas matas de corticeiras, que já foram herdadas de pai para filho, matéria-prima das rolhas do vinho. (Continua)
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