A cidade de Porto Alegre, a capital de todos os gaúchos, comemora seus 250 anos neste sábado, 26 de março. Uma vez que a vida e a rotina de todos os habitantes do Estado de uma forma ou de outra estão condicionadas às decisões que ocorrem no centro político, é impossível ou incontornável que as comemorações alusivas a essa data não nos digam respeito.
E, definitivamente, Porto Alegre não é qualquer cidade. Seria uma das mais belas e aprazíveis em qualquer lugar do mundo, concorrendo com qualquer localidade, mesmo as de maior apelo turístico, em ambiência, qualidade de vida e atrativo cultural. Se nas décadas mais recentes a cidade tem carecido de maior revitalização de seus elementos arquitetônicos, os esforços feitos nos últimos anos sinalizam para um gradativo fortalecimento na autoestima dos porto-alegrenses e dos gaúchos.
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A partir de 26 de março de 1772, com a criação da Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, começou a ser escrita a história da cidade. Um ano mais tarde, teve o nome alterado para Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre. Iniciava a vida formal do povoado instalado 20 anos antes, em 1752, com a chegada dos primeiros 60 casais portugueses açorianos (daí a denominação do porto dos casais) que haviam sido trazidos por meio do Tratado de Madri para se instalarem nas Missões. A ideia era que povoassem a região Noroeste, que acabara de ser repassada ao governo português em troca da Colônia de Sacramento, às margens do Prata. Como a demarcação nas Missões demorou, os açorianos permaneceram no então Porto de Viamão.
Se num primeiro momento os açorianos foram a etnia dominante na ocupação, ao longo dos anos outros povos foram se agregando, a começar, claro, por portugueses de outras origens e negros, ainda em tempos de escravidão. Com o ingresso no século 19, a cidade alcançou rápido e impressionante crescimento, já como a capital da capitania e depois da província.
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A chegada dos primeiros colonos alemães, em 1824, e sua instalação na atual São Leopoldo trouxeram para Porto Alegre um novo impulso empreendedor, que se traduziu em estabelecimentos de comércio e indústria. Seguidos por italianos e gente de outras etnias e origens, Porto Alegre ganhou rapidamente ares cosmopolitas, e a pujança econômica das regiões do interior se fez visível em grandes investimentos públicos e privados, na criação de indústrias de ponta e logo na liderança política, que levou à eleição de autoridades máximas em âmbito de Brasil.
Tudo segue atual, visível pelas ruas do Centro Histórico de uma capital que não para de crescer. Pela Rua dos Andradas, ou Rua da Praia, desfilou toda a história local, que também se reflete em prédios, na arquitetura de época, em sólidos bancos e autarquias.
Impossível não se render a um convite para visitar o Mercado Público, a Igreja de Nossa Senhora das Dores, a Matriz, o Theatro São Pedro, a Praça da Alfândega e o Gasômetro, com sua bela orla revitalizada. Impossível não saborear seus encantos, ouvir suas vozes, em bom porto-alegrês, como cita o professor Luis Augusto Fischer em seu dicionário. Impossível não debater o Gre-Nal, não elogiar os Engenheiros do Hawaii, não render loas a Erico Veríssimo e Mario Quintana. Impossível não se extasiar com o Guaíba. Porto Alegre, mesmo quando não é sempre alegre, é demais! Junto de Porto Alegre não pode haver baixo astral.
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