Este texto começa a ganhar forma em um ambiente no qual circulam dezenas de pessoas desde o início da manhã até a madrugada, todos os dias da semana. É um espaço em que todos falam, pensam, debatem, avaliam, acertam e também erram, porque são humanos. Este lugar tem nome: redação. Nesta grande sala cheia de mesas com computadores, estão profissionais do Jornalismo, que escrevem para a Gazeta do Sul, Portal Gaz, gravam reportagens e boletins para as rádios e ainda ajudam a abastecer as redes sociais. São homens e mulheres que vão às ruas em busca de informação, pesquisam sobre os mais variados assuntos, acompanham reuniões, eventos e tudo o que puder render uma notícia. É muita coisa, embora às vezes fique aquele sentimento de que ainda poderíamos ter feito mais.

Na redação integrada, como chamamos aqui na Gazeta, é que tudo acontece. Telefones tocam, recados chegam pelo aplicativo de mensagens a todo o instante e ainda tem aquelas fontes que preferem a visita presencial para compartilhar histórias e situações que muitas vezes rendem grandes notícias. Em tempos de impessoalidade nos mais diferentes meios, quem vive a rotina de um veículo de comunicação em sua essência ainda tem o privilégio de olhar no olho do entrevistado enquanto escuta e faz perguntas.

É uma questão de respeito, compromisso, e não tem inteligência artificial que seja capaz de atingir este nível de envolvimento. Pode até que os chatbots consigam chegar a resultado semelhante, mas não será a mesma coisa. Tem cada vez mais gente que defende o uso destes recursos para agilizar processos e produção, de olho na redução de custos. O caminho pode ser este mesmo, afinal as inovações estão aí para facilitar a vida. Mas vale lembrar que elas não se encaixam em todas as áreas e precisam ser usadas de modo consciente e responsável por pessoas que tenham no mínimo capacidade para identificar se o que está sendo feito pela máquina está certo, seja nas empresas ou escolas.

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A tecnologia exige responsabilidade e pessoas que saibam utilizá-la. Eu poderia, com poucos comandos, pedir para que fosse gerado um texto para este espaço, mas faria sentido? Seria cômodo, mas seria justo com os leitores? Entendo que não, pois ao menos no Jornalismo o olhar humano continua essencial. É isso que faz a diferença e justifica os anos de estudo e de dedicação dos profissionais.

Há alguns dias fiz um teste. Em um rastreador de IA, lancei a coluna que escrevi semana passada justamente falando a respeito do excesso de celular nos nossos dias, e a resposta foi que o texto era “autenticamente escrito por um humano”. Fiquei feliz, pois ainda não virei uma máquina.

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Dejair Machado de Oliveira é natural de Cachoeira do Sul (RS), onde iniciou a carreira jornalística em 2000, no Jornal O Correio, atuando nas editorias de geral, rural e política. Entre 2003 e 2005 respondeu pela edição geral do Jornal de Candelária, em Candelária, até transferir-se para a Gazeta do Sul onde teve passagem pelas editorias de geral, agronegócio, economia e política. Por cerca de uma década dedicou-se à produção e edição de conteúdo para os cadernos especiais da Gazeta do Sul atendendo clientes de segmentos como comércio, indústria e prestação de serviços. Atualmente, é editor-executivo da Gazeta do Sul, encarregado de projetos estratégicos na empresa, gestão de equipes e edição do jornal impresso diário. Além da carreira jornalística, é advogado inscrito na OAB/RS sob o número 127.203 e exerce a profissão em escritório atendendo casos na área Cível, Família, Imobiliária e Empresarial. É membro da Comissão Especial de Proteção de Dados e Privacidade da subseção da OAB de Santa Cruz do Sul, com trabalhos relacionados à Lei Geral de Proteção de Dados.

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