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LISSI BENDER

Por tratamento digno e apropriado para cada espécie

Louvo as iniciativas e os eventos promovidos em favor do bem-estar de animais de estimação, de cavalos e animais silvestres. Com a criação de uma secretaria, voltada especificamente para cuidado zeloso dos animais, muito poderá ser feito em favor da vida animal, dos cuidados para com a saúde, da alimentação, do espaço de vida, do tratamento atencioso para com cada espécie animal.

Assim como já existem iniciativas para a proteção de alguns animais, precisamos avançar para uma vida digna também para os animais de criação. Aqui me refiro aos animais destinados a serem alimento para os humanos, por fornecerem sua carne, seu leite, seus ovos. Esses animais, mais do que quaisquer outros, são merecedores de tratamento cuidadoso. É preciso oferecer-lhes vida com qualidade e alimentos saudáveis. Dependendo da espécie, oferecer espaços amplos, contato com a natureza verdejante, ar puro, para viverem felizes enquanto vivem.

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Principalmente, a criação em massa de animais precisa ser repensada e precisa de medidas protetivas. Milhares de animais são criados confinados em espaços e manejos aviltantes. Animais criados confinados, e em grande quantidade, vivem submetidos a sofrimento e estresse, posto que a forma de criação não atende a suas necessidades naturais.

Criados com hormônios para crescimento rápido, sem espaço adequado, sem contato com a natureza, é uma indignidade, é vergonhoso e é um perigo para a saúde. A criação em massa chegou a tal ponto de indignidade que muitos países se negam a consumir carne made in Brazil. Mesmo em Santa Cruz, não faz muito, num criadouro de aves confinadas, faleceram milhares devido a uma ausência temporária de energia elétrica em dia quente. Muito se falou sobre o prejuízo financeiro. Pouco sobre o sofrimento das vidas, submetidas àquelas condições aviltantes que lhes ceifaram a vida.

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A criação de uma secretaria para o bem-estar animal poderá ser um exemplo a ser seguido em todo o país, se incluir regras que estabeleçam condições dignas de vida aos animais de criação em âmbito municipal. Assim, por exemplo, se aquele aviário contasse com um gerador de energia, para casos emergenciais; ou, melhor, se tivesse oferecido um espaço adequado e digno à vida dos frangos – inclusive com acesso a uma ampla área verde e sombra de árvores no entorno do aviário, certamente a tragédia não teria acontecido.

A saúde dos animais de criação, a saúde dos consumidores, a dignidade de vida dos animais precisam urgentemente de proteção. Animais felizes, alimento saudável. E, por falar em vida feliz, na minha Wilde Heimat todos os animais vivem livres, em contato com a natureza, e vivem sua vida até o fenecimento. Atualmente, o mais idoso é o Goguilê, que ilustra esta coluna, e que em fevereiro completou 11 anos de vida.

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