Poderá você achar que se trata de implicação de alguém de mais idade, mas parece não restar dúvida quanto à presença ao nosso redor de sons excessivos que merecem ser questionados. É o que me ocorre sempre que deparo com mais um aparelho de barulho exagerado que apareceu em fase recente, o já famoso soprador de sujeira, que vem se incorporando cada vez mais na nossa rotina, para suplício dos nossos ouvidos.
Nas tradicionais caminhadas, que permitem reparar todo tipo de situação em nossas vias públicas, vejo-me a toda hora diante dos tais sopradores afastando a sujeira e espalhando barulho e pó por todo lado onde estão operando. Incrementa-se assim a poluição nos mais diversos sentidos, quando já há tempo se busca (ou se deveria buscar) reduzir índices poluidores, pensando na tão necessária qualidade de vida.
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Acontece a fácil opção pela comodidade e pelo tão atraente motor, quando boa parte dos trabalhos de limpeza em que são utilizados poderiam muito bem continuar sendo feitos pela tradicional vassoura, em especial nas áreas de menores dimensões, onde também já se vê a introdução de mais essa questionável “modernidade”. Faz-se isso quando o método usual menosprezado oportuniza a realização do tão recomendado exercício físico, além de opções de trabalho, em especial no serviço público.
Em relação ao indesejável barulho, é de se perguntar ainda por que não existe uma preocupação maior das indústrias de equipamentos em geral para reduzir esse fator tão presente nos mais diversos aparelhos com motores. Inventam novidades a toda hora, incorporando mais tecnologias, mas os ruídos produzidos continuam os mesmos, se não piores, como se constata também em recentes eletrodomésticos adquiridos (batedeiras, liquidificadores, etc.).
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Estamos no mundo dos motores e dos barulhos de todos os tipos. Se não bastassem motos e carros de descargas abertas, ou com aparelhos de som acima dos limites toleráveis, com que nos defrontamos seguidamente, aparecem ainda novas máquinas de produzir fortes altercações da ordem natural das coisas. Parece não haver outro jeito: ou você se adapta, ou precisa buscar refúgio em locais mais afastados e com menor risco de incômodos como essa poluição sonora.
Dando-se o devido desconto para quem já percorreu uma trajetória mais longa nesta vida atribulada, quando se busca uma realidade mais tranquila, duvido que qualquer um, de qualquer idade, se sinta confortável diante de tantos excessos como os mencionados, ou que ache normal a presença e introdução de utilitários sem qualquer atenção a esse ponto, que não pode ser desprezado. Se são introduzidas inovações, sempre se acha razoável que sejam melhores do que as opções existentes, em todos os aspectos, e não apenas no funcional.
Fala-se tanto em questões ambientais/sociais, mas, na prática, falta ainda muito para avançarmos de forma efetiva nessa direção, pelo que se pode observar nos casos dos aparelhos em foco. Melhorar o nosso ambiente de vida, sob todos os ângulos, precisa estar presente em todas as decisões. Se assim não for, não estaremos evoluindo para valer, pois evolução sempre pressupõe que as pessoas se sintam melhor. É isso o que deveríamos prezar e priorizar.
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