Desde junho do ano passado, quatro vereadores de Santa Cruz viraram réus. As denúncias têm algo em comum: todos são acusados de manter esquemas de “rachadinhas” em seus gabinetes. As medidas adotadas contra eles após o ajuizamento das ações, no entanto, variam. Paulo Lersch, o primeiro da série, foi preso preventivamente. André Scheibler (PSD) foi apenas afastado, enquanto Elo Schneiders (PSD) e Alceu Crestani (PSD) seguiram nos cargos até serem cassados pela própria Câmara.
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A explicação para essa diferença está no conteúdo das investigações. O caso de Lersch foi o único em que houve pedido de prisão preventiva – que é uma medida excepcional aplicada quando há risco à garantia da ordem pública ou ao andamento do processo. Dias antes da prisão, o Ministério Público descobriu que Lersch tentou coagir assessoras que haviam prestado depoimento à Promotoria. “Isso foi determinante para a prisão”, explicou o promotor Érico Barin.
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Nos demais casos, não houve indício de tentativa de interferência por parte dos vereadores. Na decisão em que determinou o afastamento de Scheibler do cargo, a Justiça considerou dois aspectos: primeiro, a complexidade dos fatos apurados e a multiplicidade de pessoas envolvidas; depois, o fato de, até então, ele integrar a comissão responsável por conduzir o processo de cassação de Schneiders na Câmara.
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Em relação a Schneiders, a Justiça negou em dezembro o seu afastamento, que chegou a ser solicitado pelo MP. Já no caso de Crestani, o MP não chegou a tentar afastá-lo. Por conta disso, ambos continuaram atuando.
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