Por que o preço da gasolina varia tanto entre os municípios

O consumidor que abastece o veículo com 50 litros de gasolina comum economiza R$ 24,55 se encher o tanque em Cachoeira do Sul, no comparativo com os valores praticados em Santa Cruz do Sul. Para os santa-cruzenses, o preço médio é de R$ 7,134 o litro, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Já em Cachoeira é de R$ 6,643.

Os cachoeirenses pagam mais barato, na média, do que em Porto Alegre. Na capital do Estado o valor das bombas aponta R$ 6,698. Outro local com o litro do combustível mais em conta do que em Santa Cruz é Lajeado, no Vale do Taquari – R$ 6,781.

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Em geral, as abastecedoras da região adquirem seu estoque na refinaria de Canoas, dependendo, claro, da distribuidora contratada. Há variações de valores nessas empresas. Um dos casos é a origem da gasolina, que pode ser importada, e a forma de negociação para a aquisição do álcool anidro, que tem peso na formação do preço final, assim como a tributação – Cide e PIS/Pasep/Cofins (federais) e Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual.

Foto: Rafaelly Machado

João Dal’Aqua, presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro), destaca que a definição dos preços nas bombas está atrelada às condições do mercado, tanto na parte da distribuidora como dentro dos municípios, onde é estabelecida a concorrência. Em Santa Cruz, por exemplo, existem 45 postos, conforme levantamento do Procon. Assim, o custo do frete não serve como justificativa exclusiva para diferenças entre os municípios.

“A formação do preço médio é com base no valor da Petrobras mais os tributos, a distribuição, o preço do álcool e o lucro dos postos. Mas essa variação entre um município e outro, entre uma abastecedora e outra, depende do livre mercado”, explica. Reforça que, muitas vezes, os consumidores acreditam que a mudança do custo tem como referência apenas os anúncios da Petrobras, mas vai além disso. “Hoje (terça-feira, 5), recebi a informação de que aumentou em R$ 0,06, porque o álcool subiu. Daí temos que ajustar isso”, exemplifica.

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Dal’Aqua enfatiza que as condições do mercado, diferenciadas conforme as regiões, fazem com que as distribuidoras tenham políticas exclusivas para cada área de atuação. “As redes têm políticas de preços específicas para cada região, também de acordo com o mercado”, acrescenta.

Saiba mais

O Procon de Santa Cruz do Sul inovou o sistema de pesquisa dos preços praticados pelos postos de combustíveis locais. O levantamento pode ser acessado no site. As atualizações são nas terças e nas sextas-feiras.

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