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Por que as tipuanas do Túnel Verde estão sendo cortadas

Uma força-tarefa programada para este domingo, 24, no Centro de Santa Cruz do Sul, chama atenção para um assunto polêmico: a preservação do Túnel Verde. Neste fim de semana, equipes da Secretaria de Transportes e Serviços Urbanos realizam mais um serviço de corte, manutenção e poda das árvores. Embora o futuro das tipuanas ainda esteja em discussão, algumas medidas já estão sendo tomadas. Mas você sabe por que alguns exemplares estão sendo retirados?

Um estudo da Prefeitura mostra que quase todas as cerca de 160 plantas que ficam ao longo da Marechal Floriano deveriam ser removidas devido ao estado de saúde precário. E é por causa da situação de cada uma que as ações vêm sendo realizadas no Centro. “Não é uma simples olhada que define a necessidade de remoção. Analisamos também a legislação municipal que regra a arborização pública, além, é claro, de buscar garantir a acessibilidade as pessoas. Os exemplares removidos até o momento foram todos em função do estado fitossanitário precário. Buscamos em primeiro lugar garantir a segurança da população”, explica a biológica da Prefeitura, Daniela Jaqueline Silveira.

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De acordo com ela, apesar de alguns exemplares prejudicarem a acessibilidade na principal rua de Santa Cruz do Sul, eles não devem ser cortados. “Existem árvores que estão hoje dificultando a acessibilidade, principalmente de cadeirantes, mas não foram indicadas para remoção.” A bióloga afirma que, no momento da avaliação, diversos fatores são levados em conta. A partir do diagnóstico de cada tipuana, se define se haverá necessidade de remoção ou apenas poda e manutenção.  Ela ainda comenta que há dois tipos de podas aplicadas: as emergenciais de segurança ocorrem sempre que houver necessidade, enquanto que as de limpeza e redução costumam ser feitas no período de outono e inverno.

Foto: Luiz Fernando Bertuol/SECOM

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O que é analisado

 

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  • Copa: é verificado se apresentam galhos mais baixos invadindo a via, galhos secos, podres ou ocos, fungos nas ramificações, erva-de-passarinho, folhagem de cor anormal, galhos na rede, lesões na casca, insetos ou inclinação significativa.

 

  • Tronco: é analisado se apresentam danos de batidas, obturações e cicatrizações, aspecto anormal na casca pós remoção de epífitas, inclinação significativa, cavidade, corpos estranhos (como pregos e fios), fungos, crescimento irregular, se estão ocos ou se apresentam invasão da via.

 

  • Base do tronco e prato das raízes: nesse caso, é analisado se apresentam cavidades no tronco ou raiz (não-oco), fungos, elevação do solo em relação à calçada, cavidades no solo, solo raso, lesões na casca, insetos, raízes aéreas, fissuras, canteiro, espaço permeável no canteiro, mureta no entorno do canteiro, raízes cortadas e afloramento de raízes.

 

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  • Também são avaliados elementos urbanos como fiações diversas, imóveis e arcos.
Foto: Luiz Fernando Bertuol/SECOM

 

Relatório final sobre a situação das tipuanas

A bióloga afirma que até o início de abril deve ser finalizado o relatório do programa que avalia a situação das tipuanas que formam o Túnel Verde. O período analisado foi de maio de 2018 a março de 2019.  No entanto, Daniela adianta que o Túnel Verde deve continuar recebendo a manutenção e atenção necessárias para preservar as árvores. “Tudo o que for possível para manter o exemplar por mais tempo será feito e, quando uma remoção for necessária, a população pode ter certeza que foi por sua segurança ou acessibilidade. Havendo espaçamento adequado, árvores novas serão plantadas, visando a renovação do Túnel Verde.”

Enquete

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Uma enquete realizada no começo do mês no Facebook do Portal Gaz apontou que 75% dos participantes é a favor do corte e da substituição das árvores que formam um dos principais cartões-postais do município. Os outros 25% são a favor de manter tudo como está.

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