Alvo de grande repercussão dentro do trágico acidente que deixou seis mortos na última quinta-feira, 18, no quilômetro 186 da BR-471, em Rio Pardo, a abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) seguiu todos os trâmites considerados como padrão pela instituição. É o que garante o chefe da 2ª Delegacia de Eldorado do Sul, que é responsável pela região, Felipe Barth.
Em entrevista ao Portal Gaz, ele detalhou todo o andamento da ocorrência, desde o chamado via 191 para atender o caso. Entre as informações reveladas, está que foi negado aos policiais o acesso à residência do ex-vice-prefeito de Pantano Grande, Ivan Rafael Trevisan, de 62 anos, apontado como causador do fato. O objetivo era realizar o teste do bafômetro no motorista da caminhonete RAV4, que colidiu na traseira de um Fiat Palio cinza empurrado para a contramão contra um caminhão.
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“A equipe foi na residência para tentar ouvir o que este envolvido no acidente tinha a dizer e fazer o teste. Ninguém atendeu inicialmente, foi tocada a sirene diversas vezes em frente à casa e aí desceu a esposa dele, que informou que ele estava em um sono muito pesado, que não conseguiu acordá-lo. Os policiais pediram permissão para entrar e tentar acordar ele, e foi negado”, detalhou Barth.
“Como não havia comprovação ainda de que ele teria sido o causador; não havia comprovação de uso de álcool dele; e o fato de ter ido ao hospital e estar machucado era um indício de que não houve fuga do local do acidente; não havia flagrante a ser feito“, complementou o chefe regional da PRF.
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Antes, os policiais rodoviários federais, que chegaram no local do fato cerca de 25 minutos após a colisão, se depararam com os seis corpos, sendo quatro na pista e dois no barranco. “Inicialmente, chegou-se a cogitar que quatro eram do Palio e dois estavam na RAV4, porém quando uma irmã do motorista da caminhonete chegou no local, aí ficamos sabendo que na verdade ele tinha sido levado para um posto de saúde de Pantano Grande”, explicou Barth.
Após fazer o teste do bafômetro no motorista do caminhão, que apontou 0 para ingestão de álcool, a PRF deslocou para o posto de saúde, mas não encontrou Ivan Rafael Trevisan. “A nossa equipe conversou com a médica, que disse que havia liberado ele pouco tempo antes, e que o envolvido estava com dores no dedo e agitado. Ela não conseguiu confirmar nem negar a embriaguez, pois o atendimento que fez não tinha esse objetivo. Ela também atendeu de máscara, o que a impossibilitou de sentir se havia odor etílico”, detalhou o chefe regional da PRF.
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A médica afirmou aos policiais que após dar um remédio para dor, o ex-vice-prefeito de Pantano Grande foi liberado para ir para casa. Na residência, dormiu e não teria visto a chegada dos agentes. Felipe Barth confirmou ao Portal Gaz que se tivesse sido autorizada a entrada dos policiais na residência, eles teriam aplicado o teste do bafômetro. O acidente aconteceu por volta de 23 horas, e os policiais chegaram na residência de Trevisan pelas 2h30.
Todo o caso foi repassado por Barth ao delegado Anderson Faturi na mesma madrugada. “Não é comum a gente ir na casa da pessoa. Nosso atendimento, em tese, termina no local da ocorrência. Às vezes aumentamos, indo até o hospital, mas nesse caso, como era uma situação muito diferenciada, com seis mortos, em que a informação do socorro dele demorou para chegar, fomos até a casa também”, finalizou o chefe regional da PRF.
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