Principal motor de desenvolvimento da vida moderna e das economias nacional e global, a energia elétrica representa um custo expressivo nas contas de cidadãos e empresários brasileiros. Os reflexos vão desde as dificuldades do trabalhador para arcar com os gastos mensais até a queda da competitividade de empresas e indústrias.
Um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) mostrou que o valor da energia no Brasil está entre os mais caros do mundo. Ficando atrás apenas da Índia, Itália, Singapura, Colômbia e República Tcheca. Afinal, quais os motivos para a energia ser tão cara no país?
O custo das usinas hidrelétricas
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As principais razões que ajudam a compor o elevado valor da geração de energia são: questões burocráticas, cobrança de outorgas em licitações e altos impostos praticados aqui, além de fatores técnicos. Esses últimos consideram o custo total de uma usina hidrelétrica, a perda de energia elétrica durante a transmissão e a falta de investimento na manutenção das redes de energia.
A dependência quase que exclusiva de uma única fonte de energia – cerca de 84% do que é produzido vem de hidrelétricas – se contrapõe diretamente à ideia de crescimento econômico em relação a outros grandes centros produtivos.
Obras com orçamento e cronogramas comprometidos
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O sobrepreço na construção de uma usina hidrelétrica também é um fator apontado para o aumento dos custos. Para se ter ideia, um artigo publicado na revista científica Energy Policy, baseado na análise de 245 grandes barragens construídas ao redor do mundo entre 1934 e 2007, mostra que 90% das obras avaliadas chegaram a custar 96% a mais que o orçamento inicial previsto. No Brasil, o percentual espantosamente alcança 101%.
O mesmo estudo apontou ainda que a média de atraso das obras chega a dois anos. E a conclusão é que os projetos seriam completamente inviáveis economicamente, levando-se em consideração o custo real pago para se ter usinas hidrelétricas.
Impostos e tributos
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Ao fazer esta conta, é necessário considerar a pesada carga tributária praticada no Brasil. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é o principal componente dos 30% do valor total de impostos que incidem na conta de energia elétrica.
Cobrado pelos Estados e pelo Distrito Federal, o ICMS não possui alíquota regulada às variações e aos aumentos das tarifas do setor. Outros 20% do valor pago pelo consumidor são direcionados pelo Governo Federal para o pagamento de subsídios sociais.
A conta também sofre acréscimo da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE), cobrada anualmente, em função da modalidade e proporcional ao porte do serviço concedido, permitido ou autorizado, incluindo a produção independente e a autoprodução de energia. Ela representa 0,5% do valor econômico agregado na exploração de serviços e instalações de energia elétrica, conforme fórmula definida no Decreto 2.410 de 1997.
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Essa taxa, cobrada de empresas vencedoras de licitações, é revertida à Aneel e utilizada para sanear os cofres públicos, e não para custear os gastos do próprio serviço de luz. Posteriormente, retorna como custo ao consumidor embutida nas tarifas.
Impacto das falhas no fornecimento
O preço para o consumidor também é afetado pela perda de energia elétrica durante o percurso da transmissão entre as usinas e o destino. A situação é agravada pela falta de manutenção nas redes elétricas.
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Estima-se que em torno de 20% da produção de energia é perdida durante a transmissão. Isso é responsável por onerar em 5% o valor pago pelo consumidor final.
Outra questão que se relaciona diretamente à manutenção das redes elétricas, custo e produtividade diz respeito às falhas no fornecimento e os apagões. De tempos em tempos, podemos observar interrupções de energia de grandes proporções, como a que ocorreu em 2018 durante o mês de março, deixando todo o Nordeste no escuro. Como apenas 16% da indústria conta com outras fontes de energia, acabam ocorrendo muitas perdas onerosas e desnecessárias.
Energia temporária evita prejuízos
Nesse cenário brasileiro, é fundamental que empresas e indústrias busquem novas estratégias de eficiência energética para evitar desperdícios e manter os custos controlados. Como uma forma de garantir energia em tempo integral e evitar prejuízos, uma parcela do mercado tem aderido à compra ou ao aluguel de geradores de energia.
Capazes de gerar energia elétrica sem interrupções, os geradores, disponíveis em diferentes capacidades e modelos, garantem o funcionamento desde aparelhos eletrônicos e sistemas de ar condicionado até processos produtivos ou toda a energia de um hospital, por longos períodos, oferecendo segurança energética. As empresas que estão no sistema isolado (SISOL) podem recorrer aos geradores como a fonte única de geração. Porém a aplicação mais comum é como energia de backup para cobrir eventuais falhas da fonte principal, que é a rede concessionária.
O gerador pode trazer uma economia para alguns clientes horo-sazonais que têm uma alta tarifação durante o horário de ponta. Dependendo do valor pago pelo cliente, a utilização do grupo gerador pode trazer economia para o consumo neste período de maior demanda.
No caso de optar por um contrato de locação de geradores, outra vantagem é que a empresa contratada para aluguel centraliza todo o processo, se encarregando de todas as fases do trabalho, desde o dimensionamento correto da geração necessária até suporte e manutenção.
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