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Por que a depressão afeta mais as mulheres que os homens

A depressão tornou-se um problema recorrente: atualmente, atinge 4,4% da população mundial, mas, no Brasil, esse percentual sobe para 5,8%, segundo dados da OMS Organização Mundial da Saúde. Além disso, foi possível constatar que a depressão é mais recorrente nas mulheres.

De modo geral, pode-se dizer que fatores sociais, biológicos e emocionais se combinam para, em graus variados, facilitarem o aparecimento da depressão nas mulheres. Outro ponto é a flutuação de hormônios, que é muito mais acentuada no sexo feminino.

O médico psiquiatra Cyro Masci afirma que várias hipóteses podem explicar o motivo da diferença evidenciada. Abaixo, o especialista traz à tona alguns motivos elegíveis:

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Fisiologia

“A mulher possui um ciclo mensal de mudanças hormonais. Não é incomum mulheres relatarem alterações no humor que incluem tristeza e depressão perto da menstruação”, constata Cyro Masci.

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Além disso, outras fases da vida feminina também trazem grande impacto. Entre elas, está a gravidez. “Alterações de humor, que variam de uma leve melancolia até quadros mais severos de depressão, são comuns após o parto. Aqui também há uma mescla entre fatores sociais e hormonais, que de qualquer modo podem exigir tratamento especializado”, esclarece o psiquiatra.

Outro momento da vida relacionado a mudanças no humor e hormônios, e que pode desencadear um quadro depressivo, é a menopausa. “Tanto a alteração hormonal, que pode influenciar os transmissores químicos do cérebro, quanto a vivência desse momento na vida de cada mulher, podem contribuir para o aparecimento da depressão’, explica Cyro Masci.

A mulher diante da sociedade

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Cyro Masci lembra que existe uma pressão social enorme na direção do corpo pretensamente ideal da mulher. “E o objetivo não é um corpo que transmita saúde, mas de um corpo que esteja enquadrado em expectativas determinadas por preconceitos sociais arraigados, o que pode contribuir para sentimentos depressivos. A busca por um padrão de beleza pode, sim, ter impactos negativos em diferentes fases da vida de uma mulher”, aponta.

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Desigualdade no trabalho

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Dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontam que mulheres brasileiras estudam mais, ganham menos e passam mais tempo ocupadas com tarefas domésticas do que os homens. Não é à toa que essa situação possa favorecer sentimentos de tristeza.

Além disso, a jornada múltipla, que inclui: trabalho, estudo, cuidados com a casa e pessoal, também podem aumentar o abalo emocional. “Ter muitas tarefas e não conseguir conciliá-las pode aflorar o sentimento de culpa e incapacidade”, finaliza.

O médico psiquiatra Cyro Masci atua em São Paulo utilizando a abordagem integrativa, conciliando a medicina tradicional com várias formas de tratamento não convencionais.

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