Olá, pessoal! Tudo bem? Esta semana começou com temperatura não mais tão alta em comparação com vários dias até a semana passada. Porém, a previsão indica que nos próximos ainda vai ter um pico de calor. Mas vai ser só por um dia ou, no máximo, dois. Nada como as últimas semanas, com 40 graus ou mais, algo difícil de aguentar. O milho plantado germinou bonito.
Na semana passada, comentei em arriscarmos esperando a chuva prevista pela meteorologia e ela veio, embora o mês de janeiro tenha fechado abaixo da média pluviométrica. Para acumular água não foi suficiente, mas as plantações na lavoura estão bonitas. O milho agora está se desenvolvendo, a adubação verde nascendo e as outras culturas também mostram evolução. A gente torce para que durante a semana dê a chuva prevista.
Neste meio-tempo, nós estamos aos poucos iniciando a separação do tabaco por classes, como muitos outros agricultores, pois a nossa região finalizou a colheita há tempo. Regiões como Paraná, Santa Catarina e o Sul do nosso Estado têm ainda muito tabaco na lavoura, em plena fase de colheita. Para nós, é momento de começar a comercialização. Na semana passada, participamos das negociações dos preços da safra 2021/2022 e se viu como é desgastante para as entidades focar nessas discussões. Tanto que só uma empresa apresentou índice de reajuste acima do custo de produção apurado.
Publicidade
As tratativas com todas as outras fumageiras terminaram sem acordo, pois as propostas de aumento no valor da colheita foram abaixo do percentual de evolução do custo. Nesta semana, vamos mandar os primeiros 20 fardos para comercialização e, conforme a venda, iremos ver se continuamos a mandar mais para as indústrias nos próximos dias ou não. Teremos que vender uma parte da colheita neste momento, pois é necessário um dinheiro para viver. Afinal, o tabaco é o nosso sustento. Já se vê grande procura pela folha. Então, o agricultor precisa ser bem cauteloso.
Nas andanças por aí, descobrimos um caso interessante na localidade de Passo da Mangueira, em Passo do Sobrado. Os agricultores Ana Paula Severo da Fonseca, de 39 anos, e Ricardo Pereira da Fonseca, de 40, pelo terceiro ano, plantam 20 mil pés de tabaco nesta época, em período fora do normal, e depois, na safra, outros 60 mil pés. Eles também têm diversificação de atividades, com a criação de porcos, frangos e gado, além do cultivo de milho.
O plantio nesse período é algo incomum na região, pois enquanto a maioria finalizou a colheita há menos de um mês, esse casal semeou o tabaco no fim de dezembro e as mudas vão receber a primeira poda nesta terça-feira, 1°. O transplante para a lavoura deve ocorrer no fim de fevereiro ou começo de março. Isso mostra mais uma vez que o cultivo do tabaco e o plantio acontecem nos 12 meses, diferentemente de anos atrás, quando havia ciclos bem definidos. Hoje sempre se encontra algum local onde há a semeadura e, ao mesmo tempo, em outras áreas ocorre a colheita.
Publicidade
LEIA MAIS: Por dentro da safra: olho no horizonte e ouvido na previsão
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
Publicidade
This website uses cookies.