Olá, pessoal! Tudo bem? Começamos esta semana com sentimento dividido. Por um lado, tranquilizados porque entre sexta-feira, 2, e a manhã dessa segunda-feira, 5, havia chovido 45 milímetros em nossa propriedade. Foi uma chuva fundamental para o desenvolvimento das lavouras. Por outro lado, ficamos muito tristes pela forte queda de granizo em várias localidades de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. Dezenas de lavouras foram atingidas, várias com perda total. A mesma chuva que para muitos foi tão importante, e tão aguardada, para outros trouxe tanto prejuízo. É o dilema de quem lida na agricultura.
Vamos colher três estufas nesta semana
Nessa segunda-feira, 5, começamos a finalizar a colheita do tabaco da parcela que é de meus pais, seu Aloísio e dona Rosa. Ainda ficou mais uma estufa para semana que vem, e então concluirão a safra. Nesta terça-feira, 6, eu e o Alan Toigo, meu colega da página Fumicultores do Brasil, viajamos a São Lourenço do Sul, onde prestigiamos a Abertura Oficial da Colheita do Tabaco. Nesta quarta-feira, 7, já de volta, vamos agilizar a colheita de segunda apanha na parcela que é minha e de minha esposa Louvane, enchendo a estufa de tacos. E até sexta, 9, pretendemos colher para a de grampos, enchendo três estufas ao longo desta semana.
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Granizo causou perda de 100% em lavoura
No sábado, 3, eu e o Alan fomos a Linha Herval, em Venâncio Aires, para conferir as lavouras depois do granizo que caiu na noite de sexta, 2, por lá. Visitamos o casal Marco Antonio Henz, de 25 anos, e Évelin Julita de Freitas, de 23. Eles plantaram 30 mil pés nesta safra. O granizo foi tão forte que tiveram perda total – 100% das folhas. Recém haviam colhido a baixeira e tirado as flores, de maneira que o tabaco ainda era muito novo para aproveitar as folhas quebradas. É algo muito lamentável.
Prejuízos na plantação e na estrutura
Outro casal que contabilizou prejuízos é Marco Dorfey e esposa Patrícia, de Alto da Boa Vista, no interior de Santa Cruz, cuja história já contamos aqui na coluna. Eles plantam em área íngreme e, além das perdas nas lavouras, tiveram muitos danos na infraestrutura, com destelhamento, em virtude do vento forte, que atingiu inclusive o tabaco que estava sendo secado. Quando a família ao menos tem a plantação inscrita no Departamento de Mutualidade da Afubra, ainda obtém algum recurso, mas a receita que poderia vir com a safra plena, infelizmente, não será possível. A gente deseja força a todos os produtores atingidos, e temos certeza de que darão a volta por cima.
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