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Por dentro da safra: uma chuva melhor do que a encomenda

Olá, pessoal! Tudo bem? Por aqui, estamos nos encaminhando para o final da safra de tabaco. Entre o Natal e o Ano Novo, no máximo na primeira semana de janeiro, teremos a nossa colheita totalmente concluída. Estamos retirando todas as folhas, lavoura por lavoura. A chuva da semana passada, de nada menos do que 46 milímetros aqui na propriedade, veio como uma luva para a nossa mão; foi algo melhor do que a encomenda, por assim dizer. O tabaco já estava praticamente pronto; agora, ele finaliza com a abertura das folhas da parte de cima da planta, e o que já estava com as folhas abertas tende agora a amadurecer por completo. É só colher, trazer para casa e dar o tempo para ele secar com calma na estufa; sem pressa, porque não faria sentido querer apressar essa etapa e correr o risco de incendiar a estufa. Tudo a seu tempo.

E a safra começa no sul do Estado
Se por aqui, no Vale do Rio Pardo, a colheita encaminha-se para o final em toda a região baixa, é bem diferente do que acontece no Sul do Estado, em municípios como Canguçu, São Lourenço do Sul, Camaquã e Cristal, onde a safra agora chega ao ponto de início da colheita. É o que nos revela o produtor Roniel Roloff Weber, 23 anos (na foto abaixo), de Canguçu. Mais um Weber, mas não somos parentes. Ele produz tabaco junto com seus pais, Daniel Weber, 56, e Selmira Roloff Weber, 53, e a namorada Rosane Knabach, 30.

Máquina vai facilitar a colheita
Roniel diz que nasceu e cresceu na propriedade de 22 hectares dos pais, que cultivam tabaco há duas décadas, e hoje ele próprio possui chácara de 15 hectares. Concluiu o ensino fundamental e então decidiu apostar na agricultura. Os Weber têm ainda um tambo de leite, que complementa a renda. Do que a família possui, ao menos metade foi assegurada com a receita gerada pelo tabaco. Em 2019 fizeram mais um investimento: adquiriram máquina para auxiliar na colheita. Têm três estufas elétricas, duas de gradilho e uma de grampo. É o tabaco gerando progresso em diferentes regiões.

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Sol forte e calor podem queimar as folhas
O que preocupa é o sol forte desta semana. Pela previsão, vem muito calor pela frente, e isso tende a acarretar a queima das folhas de cima. Resulta no famoso K, de folhas mais fracas, que amarelam por conta do excesso de chuva, e, com o sol forte, queimam, ocasionando perda de qualidade. Mas não tem jeito: é ficar na torcida para que tudo se conduza da melhor forma possível.

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