Olá, pessoal! Tudo bem? Pelo visto chegamos a mais uma semana em que teremos oscilação de temperatura, passando do clima mais ameno do final de semana e de ontem para bastante frio. Ao menos é o que prevê a meteorologia. E, de fato, ainda estamos no inverno, mas, como já nos encaminhamos para a segunda metade de agosto, agora frio intenso, geada ou até neve, como estão anunciando para algumas regiões, podem causar muito estrago na agricultura. E não só nas lavouras de tabaco, mas em quase todas as demais culturas, que já estão implantadas, bem como nas frutíferas e nas hortaliças. O jeito é torcer para que o frio já não seja tão intenso assim, pois as nossas atividades estão todas a céu aberto, e o prejuízo pode ser grande.
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Ou com defensivo, ou à base de enxada!
Em sociedade, seguidamente aborda-se o tema dos defensivos agrícolas, com alguns se posicionando a favor, outros contra. Na verdade, no dia a dia na agricultura, a gente pode constatar o quanto esses recursos hoje são essenciais. Não usados de forma indiscriminada, ou sem seguir as orientações técnicas, mas quando aplicados dentro do que prescreve o receituário agronômico, e com os produtores adotando todos os cuidados, inclusive usando o Equipamento de Proteção Individual (EPI). Em nossa propriedade, cultivamos 75 mil pés de tabaco, contando a parte plantada por meu pai e minha mãe. Em boa parcela da plantação usamos defensivos agrícolas contra plantas daninhas e pragas. Mas deixamos uma parcela para fazer os tratos culturais à moda antiga, capinando com a enxada.
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Na foto acima, aparecem minha esposa, Louvane; nosso vizinho Nestor Hentschke e o meu colega de página Fumicultores do Brasil, o catarinense Alan Toigo, que veio nos visitar na semana passada. Pensa no trabalho que dá cuidar de apenas poucos mil pés de tabaco, com o clima que tem feito! Claro que eu também estava envolvido na tarefa: apenas larguei a enxada um instante para fazer a foto com o celular.
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Sem a tecnologia já não seria possível
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Nos dias atuais, para produzir alimentos ou matérias-primas suficientes para abastecer as necessidades da população, no campo e nas cidades, seria praticamente impossível, se não completamente impossível, garantir o suprimento só à base de enxada. Não só não existe mais mão de obra disponível no interior para cuidar de grandes áreas, como o clima não colabora. Em pequenas lavouras, ou para o consumo próprio, até é possível fazer o manejo capinando, mas para áreas um pouco maiores é indispensável ter o auxílio desses recursos modernos, os defensivos. Do contrário, em família como a nossa, com poucas pessoas, seria impossível plantar 75 mil pés de tabaco por safra, o que totaliza uns quatro hectares.
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O orgânico viável para áreas menores
E isso que a gente reconhece plenamente a importância de um alimento mais orgânico. Mas não seria possível cuidar de lavoura maior só à base de enxada. Isso só é viável para pequenas áreas. Mas como alimentar desse jeito a população? Todos os nossos alimentos, as hortaliças e os grãos, a gente produz sem aplicar defensivos, e usando esterco. Assim, os alimentos que vão à nossa mesa são naturais. Porém, isso tem um custo, que é o de ter muita mão de obra, e com o risco dos ataques de pragas e doenças.
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