Olá, pessoal! Tudo bem? Chegamos ao novo ano e por aqui seguem as tarefas na lavoura, ainda às voltas com a temporada de tabaco 2021/2022. Nesta terça-feira, 4, vamos retomar a colheita, e o mesmo faremos nesta quarta, 5; em dois dias, vamos encher duas fornadas, e assim concluiremos a safra. Se lembrarmos lá do início deste ciclo, na época do plantio o tempo estava frio e chuvoso, o que retardou o transplante das mudas. O resultado vem agora, com o ciclo se estendendo por mais tempo do que o normal, inclusive invadindo o novo ano.
Os últimos dias, com a temperatura beirando os 40 graus, foram muito difíceis para a agricultura. E no tabaco, infelizmente, vamos contabilizar prejuízos, tanto em qualidade quanto em quantidade, em virtude da falta de chuva. E reparem que isso não tem nada a ver com plantar mais do que seria aconselhado. Não há como uma planta suportar uma temperatura como a dos últimos dias; o verão a 30 ou 35 graus, isso até seria normal, mas não a 40 graus ou mais, como se pode constatar no meio da lavoura. O resultado são folhas queimadas, como as da foto acima, de nossa plantação. Mas não tem jeito; a vida do produtor é essa, de ter de conviver com o que o clima reserva para ele e para as culturas a cada novo ciclo.
Se estamos terminando a colheita do tabaco, outras culturas estão se desenvolvendo em nossa propriedade e, igualmente, precisam de chuvas regulares para crescerem bem. É o caso da mandioca, na foto acima, que cultivamos em espaço que antes foi ocupado com tabaco, e onde concluímos a retirada das folhas mais cedo. A diversificação, como sempre costumo enfatizar, é uma marca das pequenas propriedades que cultivam tabaco. Assim como a mandioca, também milho, soja, batata-doce e pastagem são plantadas sobre a resteva, para alimentar a família e os animais e até para a comercialização do excedente, gerando receita no meio rural.
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Só nos resta confiar que 2022 seja melhor e mais positivo para toda a agricultura. É sempre fundamental planejar bem a nova safra; aqui em casa, vamos manter a área de tabaco, e talvez até diminuir um pouco. Com os insumos caros como se encontram no mercado, e sem garantia de retorno na hora da comercialização do produto, fica difícil para o agricultor assegurar a subsistência. Por isso, a saída é reduzir custos, porque não existe qualquer ajuda do governo para os pequenos quando há frustração de safra.
LEIA MAIS: Por dentro da safra: segue a colheita em nossa propriedade
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