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Por dentro da safra: mais uma vez o granizo causou estragos

Olá, pessoal! Tudo bem? Na região, mais uma vez na madrugada de sábado, 5, para domingo, 6, o granizo fez os produtores rurais terem uma noite mal dormida. O forte temporal que se verificou em várias localidades acabou causando muitos estragos no tabaco. Aqui em nossa propriedade, algumas pedras de gelo também começaram a cair, mas logo cessou. No entanto, o interior de Venâncio Aires desta vez foi a área mais atingida no Vale do Rio Pardo.


Venâncio Aires registrou muitos prejuízos

No domingo à tarde desloquei-me até a propriedade de Eliézer Isaías Chaves, de 30 anos, que, ao lado da esposa Fátima e dos pais Adão e Terezinha, planta 100 mil pés de tabaco na localidade de Ponte Queimada, em Venâncio Aires. Fui conferir o estado das lavouras deles após a queda do granizo, e conversar um pouco com o Eliézer. Ele lamentou muito o contratempo causado pelo clima.

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As pedras atingiram metade da plantação, cerca de 50 mil pés, danificando plantas que em duas semanas já estariam em condições de serem despontadas, de retirada da flor. Os Chaves aguardavam pela visita da equipe de mutualidade da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra); a partir disso, decidiriam as medidas a tomar com essa enorme quantidade de plantas machucadas.

Apesar de tudo, a decisão é persistir

Perguntei ao jovem Eliézer, diante dos prejuízos causados pelo granizo, se isso fazia balançar sua decisão de apostar na agricultura. Ele respondeu que pelo contrário! Se disse triste, sim, por sofrer um abalo desses, mas que não tem nenhuma dúvida de que vai persistir no meio rural. Eliézer enfatizou que tem consciência dos riscos que cercam a atividade de produtor rural, mas também tem clareza da importância da agricultura para toda a sociedade.

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Água em excesso não faz bem às plantas

Pelo que indica a meteorologia, além de toda a chuva verificada no final de semana e nessa segunda-feira, 7, a previsão é de que o tempo seguirá úmido e nublado. Por mais que a gente saiba da importância da chuva, depois da estiagem no início do ano, o excesso acaba comprometendo o desenvolvimento das lavouras. É muita umidade e muito frio, e as plantas agora precisam de sol e calor para crescerem sadias.

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A continuar nesse ritmo, o ciclo das lavouras ficará afetado, com reflexos inevitáveis mais adiante. Aqui em casa, depois do granizo que caiu sobre o tabaco há duas semanas, agora nos preparamos para tirar os brotos que saíram nas plantas, deixando só o mais vigoroso. Mas para isso é preciso tempo bom; não se consegue passar nem perto da lavoura com tanta água e terra úmida.

Se aqui chove muito, em outras áreas falta

Se em nossa região e boa parte do Rio Grande do Sul tem chovido muito, em localidades de Santa Catarina e do Paraná é o contrário. Há municípios em que há quase três semanas não chove, e em plena época de plantio; muitos produtores começaram a fazer o transplante aguando as mudas, ou atrasam o plantio, esperando pela chuva. Além disso, a temperatura anda próximo dos 30 graus por lá, castigando as mudinhas que já foram levadas para a lavoura.

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