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Por dentro da safra: esperando a chuva e guardando o tabaco

Olá, pessoal! Tudo bem? Esta é uma semana em que todos no meio rural estarão na torcida por uma boa chuva, o que seria fundamental tanto para a agricultura quanto para a recuperação dos reservatórios de água, garantia de suprimento aos animais. Enquanto aguardamos pela definição do clima, aqui em casa os últimos dias foram reservados a guardar no galpão o tabaco baixeiro já secado, recém-tirado do forno.

Na foto em destaque estão meu pai, seu Aloísio; minha mãe, dona Rosa; e nosso vizinho, seu Nestor Hentschke, que nos auxilia em algumas tarefas. Esse tabaco, que secou com boa qualidade, ficará guardado na pilha até o início do próximo ano, quando então será novamente manuseado, para a classificação. Neste momento, em meio à colheita, sequer teríamos tempo para cuidar dessa etapa, que será cumprida na hora certa.

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E os atravessadores já começaram a agir

Algumas empresas do setor de tabaco já sinalizam para o início da compra da nova safra. Isso acaba sendo importante porque muitos produtores de fato têm necessidade de negociar parcela de seu produto, até para garantir a subsistência nessa virada do ano. Sabe-se de atravessadores, ou picaretas, como são chamados, que circulam pelo interior e oferecem em torno de R$ 75,00 pela arroba de tabaco da qualidade daquele que meus pais e seu Nestor manuseiam na foto. Para se ter uma ideia, isso é muito abaixo do valor atual da classe XO3, cuja arroba já está acima de R$ 100,00. Ou seja, junto ao atravessador, o produtor acabaria comercializando um produto de boa qualidade por um preço realmente muito baixo.

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Surpresa desagradável debaixo das folhas

As tarefas na lavoura, que ganham intensidade ao longo das próximas semanas com a agilização da colheita em todas as regiões, também trazem algumas ameaças muito sérias. A foto abaixo foi enviada por um agricultor de Camaquã. Na colheita da baixeira, eles se depararam com uma surpresa nada agradável. Ao apanhar as folhas da parte baixa de uma planta, nas fileiras, apareceu esta jararaca, que ali estava descansando. Esse risco é constante, principalmente no começo da colheita, das folhas mais baixas da planta. Bastaria um bote e ela poderia ter mordido a mão ou o braço de quem estava colhendo. E o pior: muitas vezes a distância entre a localidade no meio rural e a cidade é grande, e quando se chega ao hospital sequer o soro antiofídico está disponível. É mais um contratempo com o qual quem atua na agricultura precisa lidar.

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