Agronegócio

Por dentro da safra: e o granizo fez mais estragos na região


Em localidades de Venâncio Aires e também de Agudo, o que veio no domingo, 28, não foi só a chuva. Ela chegou acompanhada de granizo, mais uma vez. A foto acima mostra o que sobrou do tabaco na lavoura do produtor Rodrigo Jesus Hendges, de Estância Nova, que estava em plena colheita. A tempestade arrasou essa plantação e o prejuízo é imenso, pois eram plantas já bem desenvolvidas, e deu perda total. Em outros municípios também houve registros.

Clima ameno, depois da chuva de domingo

Iniciamos mais uma semana com temperatura amena. Nessa segunda, o amanhecer estava frio, e até com leve chuvisco em nossa localidade. Já no domingo à tarde veio a chuva, com total de 20 milímetros aqui em casa. Foi o ideal para as plantações. A adubação verde, como crotalária, capim sudão e milheto, já estava precisando de umidade depois de 12 dias sem precipitação, desde o temporal da semana anterior. Se aqui em casa a chuva foi leve, em outros municípios, como Venâncio Aires e Agudo, em questão de uma hora choveu mais de 100 milímetros. Nesse caso, já é mais complicado. Nada dá conta de tanta água em tão pouco tempo, e o solo acaba sendo levado junto, prejudicando as lavouras.

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Uns colhem, outros já repicam as mudas

Se o Rodrigo Hendges estava com as lavouras em fase de colheita, no mesmo município de Venâncio Aires tem tabaco em outro estágio. A foto abaixo é da propriedade de Neimar Klamt, que se dedica à produção de mudas, e estas estão em fase de repique. Na verdade, já é o segundo lote que ele está fazendo, pois o primeiro foi todo comercializado. Isso só sinaliza para o fato de que a cada ano os produtores antecipam mais o plantio. Assim, no mesmo município tem gente colhendo e gente já plantando de novo. Fica o alerta para que os produtores tenham clareza sobre as condições de cada localidade, e que as áreas sejam propícias a antecipar tanto o plantio para não ter problemas com o desenvolvimento no auge do inverno.

Propriedade de Neimar Klamt | Foto: Divulgação

Negociação de preço de novo sem acordo

Nesta semana aqui em casa vamos lidar com o tabaco seco, fazendo a separação das classes e enfardando para, na sequência, vender uma primeira parcela. Nesse sentido, lamentamos que mais uma vez a negociação ficou sem acordo com a maioria das empresas. Pior, com isso, o preço chega a ter variação de mais de R$ 20,00 na arroba de BO1 entre uma empresa e outra. Ou seja: muitos produtores vão sair perdendo. E isso é muito ruim, pois o trabalho é igual para todos, mas alguns vão receber menos por isso, e numa mesma classe.

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Guilherme Bica

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