Olá, pessoal! Tudo bem? Começamos a semana do jeito que terminamos a anterior: abaixo de chuva. O mês está sendo bem complicado. Há algum tempo, quando a previsão indicou 600 milímetros para o mês de setembro, a gente quase duvidava disso. Mas até hoje na nossa propriedade fechamos 548 milímetros e as chuvas continuam. Há relatos de municípios no Sul do Estado com 800 a 900 milímetros já acumulados. É muita água. Em alguns lugares está pior ainda, onde o granizo destruiu as lavouras. Tivemos incidência em Venâncio Aires no último fim de semana, em Sinimbu de domingo para segunda-feira e queda de pedras de gelo no Sul do Estado, de forma generalizada, devastando lavouras inteiras. Então, ainda estamos no lucro.
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A situação é preocupante, pois precisamos iniciar a colheita do tabaco. As folhas do baixeiro estão apodrecendo, pois não dá período seco. Temos no máximo um dia de trégua e já volta a chuva. E ainda quando sai o sol, é um mormaço. Agora estamos confiantes, com a previsão indicando que nos próximos dias a chuva dará uma pausa e a temperatura não vai subir tanto. Aí é hora de também fazermos a limpeza do tabaco plantado mais cedo (foto acima). E ao mesmo tempo vem a flor que precisamos capar. Muitos produtores têm transtornos com essa tarefa, pois não há condições de entrar na lavoura por causa da chuva. O trabalho também envolve, na sequência, a aplicação do antibrotante, caso contrário toda a brotação vem com força. E com tanta chuva não há como fazer a aplicação, pois precisa ficar na planta algumas horas para ter efeito. Então, atrasa todo o ciclo e o produtor começa a se estressar.
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A região também tem produção de outras culturas que sentem os efeitos do excesso de umidade. Todos os anos plantamos feijão para consumo próprio e vender alguma coisa e, se as chuvas não derem uma trégua, nem isso teremos, pois agora a plantação (foto abaixo) começa a florescer e não vai carregar como deveria. Em consequência, a produção cai e o reflexo vem para a cidade depois. A batatinha também sofre com o excesso de água, pois começa a apodrecer na lavoura.
O milho não consegue se desenvolver, pois fica inviável entrar na plantação para colocar adubo. E com quase 600 milímetros de chuva, a lavoura perde muito de força, pois a água leva a adubação. Assim, se o clima melhorar nos próximos dias, vamos tentar colher o tabaco plantado mais cedo e dar um retoque na adubação. O reforço representa um custo a mais. Se continuar assim, a safra estará comprometida, pois não vai dar o resultado desejado. Chuva em excesso e pouco sol causam perda de peso e de qualidade nas folhas. Por outro lado, regiões de Santa Catarina e grande parte do Paraná passam por escassez de chuva e temperaturas elevadas. Lá inclusive estão aguando o tabaco recém- plantado, pois não há umidade e as temperaturas estão por volta de 35 graus.
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