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Por dentro da safra: Dias de muito transtorno por causa do clima

Produção de tabaco da família Silva foi atingida três vezes pelas enchentes na mesma safra


Olá, pessoal! Como estão? Tivemos mais um final de semana com muita chuva, e a semana se iniciou com a expectativa de que finalmente ela venha a parar. Mas então virá o frio, até com ameaça de geada. Para as culturas agrícolas, agora é fundamental que se tenha dias de clima mais seco, com sol. Com tanta umidade, o milho que ainda estava na lavoura, para ser colhido, foi muito castigado. O mesmo vale para as frutíferas, e tem tudo para ser um ano com poucas frutas. Aqui em casa, estamos dedicando atenção máxima às mudas de tabaco nas bandejas. Fazemos os tratos culturais e a aplicação de defensivos como o recomendado, para não ter problemas maiores com doenças ou ataques de pragas.

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A mesma safra de tabaco foi atingida três vezes!

Aqui em nossa propriedade, que se situa em área mais alta, não chegamos a ter transtornos maiores com a enchente, a não ser os estragos compreensíveis nas lavouras e pastagens. Mas em toda a região central gaúcha os prejuízos foram enormes. A foto acima nos foi enviada pela família Silva, de Picada Mariante, no interior de Venâncio Aires. Eles foram atingidos diretamente nas três enchentes, em setembro e em novembro do ano passado, e a de agora.

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Nas três, os estragos foram enormes na lavoura de tabaco. Na primeira, de 88 mil pés que haviam plantado, sobraram 56 mil; mas então veio a chuvarada de novembro e levou tudo embora. Na esperança de recuperar um pouco o prejuízo, plantaram 20 mil pés na safrinha, em janeiro, e as plantas estavam bonitas e viçosas. Só que a enchente de agora foi a pior de todas: não só o tabaco da lavoura sumiu; o que estava na estufa foi coberto pela lama (foto), e o mesmo aconteceu com o que já estava no galpão.

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Fogão a lenha da família ficou coberto pela lama

Desta vez a família perdeu simplesmente tudo

Mas, no caso da família Silva, não foram apenas o tabaco ou as outras lavouras que sofreram. Eles praticamente perderam tudo dessa vez. A foto acima mostra a lama que se acumulou, depois que a água baixou, sobre o fogão a lenha dentro de casa. O produtor, Ricardo, comenta que, pela rapidez com que a água veio, conseguiram sair só com a roupa do corpo; o resto, trator, carro, implementos e equipamentos que haviam adquirido, tudo foi coberto pela água e pelo barro.

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Não bastando as perdas no tabaco, que era a principal fonte de renda deles, e que foi atingido três vezes em sequência, desta vez as 20 cabeças de gado que a família possuía foram levadas embora. A exemplo deles, muitos agricultores daquela área haviam optado por investir mais na pecuária, na esperança de que, com a ameaça de alguma enchente, os animais pudessem ser levados para áreas mais altas. Mas até nessa aposta foram penalizados.

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Vai ser preciso muita união para a reconstrução

Diante de tantos prejuízos, fica difícil para a nossa sociedade começar a planejar um recomeço. Mas, acima e apesar de tudo, isso será necessário. E vai depender de muita união, e do empenho de todos, no campo e na cidade. Juntos, seremos capazes de reconstruir, talvez não mais o mundo como era, mas ao menos um mundo em que possamos viver com segurança, e na esperança de dias melhores.

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