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AGRICULTURA

Por dentro da safra: calorão dificulta as tarefas na agricultura


Olá, pessoal! Tudo bem? Em plena terça-feira de Carnaval, seguimos com as lidas no meio rural. E enfrentando o calorão que fez em toda a região nos últimos dias. É realmente muito complicado realizar tarefas na agricultura com temperaturas como as dos últimos dias, na faixa de 35 graus, ou até mais. No domingo até vieram alguns poucos pingos de chuva aqui em nossa localidade, mas até ontem seguia o abafamento. A expectativa é de que nesta terça e quarta esse calor seja amenizado, com a chuva que está prevista. Aqui em casa, seguimos com a separação das classes do tabaco, basicamente fazendo duas, R e O, e tirando as impurezas. Aproveitamos as manhãs, mais frescas, porque à tarde isso é impossível, pois as folhas ressecam demais. Em breve, vamos comercializar uma parcela da nossa produção.

Morangas e abóboras cozinharam ao sol

Se é complicado lidar com o tabaco nesses dias de muito calor, outras culturas agrícolas sofrem até muito mais com o sol forte. É o caso dos hortigranjeiros. A foto ao lado foi enviada pelo agricultor João Tatsch, de Colônia Juvenília, no interior de Estrela Velha, no Centro-Serra do Estado. Ele mostra as morangas que foram afetadas pelo calor extremo das últimas semanas. Elas simplesmente cozinharam. O mesmo acontece com as abóboras e vários outros alimentos, expostos ao sol. Mais uma vez se evidencia que a diversificação até é possível e adotada na grande maioria das propriedades rurais, mas o que fazer quando, em virtude do clima, o produtor não consegue colher absolutamente nada?

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Mudas de tabaco também não germinam

Aliás, um agricultor do Paraná, que nos enviou a foto em destaque na matéria, revela outro problema que resulta do forte calor: a dificuldade de produzir mudas de tabaco para quem deseja plantar mais cedo. Sabe-se que nos últimos anos cada vez mais famílias decidem antecipar o plantio, de maneira a escapar do calorão na época da colheita. Mas acontece que a semeadura, assim, também precisa ser feita fora de época e antecipada para o período de calor intenso. O resultado, como se vê nas bandejas, é que, ao sol forte, a semente simplesmente não germina, ou, se isso ocorre, a mudinha não resiste ao calor. E nem adianta adotar sombrite, porque esta também pouco protege. Ou seja, é preciso calcular muito bem até que ponto vale a pena ou até mesmo é possível antecipar tanto o plantio do tabaco.

Pouca clareza sobre o que pode vir da COP

Seguimos ainda muito apreensivos com os resultados da 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, realizada ao longo da semana passada no Panamá. Como acompanhamos pela Gazeta, com os relatos diários do jornalista Romar Beling, que esteve por lá, ainda há pouca clareza sobre a posição real do Brasil com relação ao tabaco, e a notícia de que pode haver pressão sobre a cultura por causa do meio ambiente deixa todo mundo em alerta. Menos mal que o tabaco é, sem sombra de dúvida, uma das culturas de menor impacto sobre o ecossistema entre todas as praticadas no Sul do Brasil.

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