Olá, pessoal! Tudo bem? Na semana passada fizemos mais uma viagem para conhecer a realidade de diversificação de renda na região produtora de tabaco em Santa Catarina. Com todos os cuidados necessários em termos de prevenção ao coronavírus, visitamos, entre quinta e sexta-feira, uma propriedade que possui um aviário. Na data de nossa chegada à região, a família recebera 14 mil pintinhos, a serem criados em dois aviários, de 7 mil pintinhos cada. No caso da propriedade visitada, a estrutura ainda é do modelo mais antigo (como mostro na foto acima), com aquecimento à base de fogão a lenha e com botijões de gás. Hoje, os aviários mais modernos, chamados de dark house, já são completamente automatizados. Naquela região, a avicultura, bem como a suinocultura, é adotada como fonte de renda por muitas famílias. E uma vez que o mercado de carnes tem estado bastante demandante, inclusive nas exportações, é uma opção. A família que possui esses aviários também investia em criação de suínos, mas dessa atividade acabaram saindo, depois de três décadas.
Investimento inicial é bastante elevado
Também em nossa região, no Vale do Rio Pardo, muitas famílias investem na avicultura ou na suinocultura como alternativas econômicas. A verdade é que hoje o investimento inicial, mesmo com o financiamento, é bastante alto. Em geral, como ocorre em Santa Catarina, são as empresas, as indústrias do setor, que dão todo o apoio. Um aviário moderno implica em investimento de cerca de R$ 800 mil, com financiamento em dez anos, de modo que o valor final ultrapassa a R$ 1 milhão. É bastante arrojado. De minha parte, eu ainda prefiro seguir na atividade do tabaco, mas é verdade também que cada família ou cada produtor deve atender à sua vocação, ou a da sua região. Requisitos indispensáveis para instalar aviário são possuir área apropriada para instalar a estrutura, e igualmente de água, que precisa estar disponível em abundância.
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O setor também adota a integração
As indústrias das áreas de carnes, tanto de aves quanto de suínos, ou ainda da pecuária leiteira, que constituem alternativas de renda para pequenas propriedades, adotam a integração. A família entra com a área e responde pela mão de obra na criação dos lotes. A estrutura é financiada, e, posteriormente, fica como propriedade do produtor. A indústria fornece os pintos e a alimentação, oferece assistência técnica, com a orientação geral, e garante a aquisição dos lotes, mediante um contrato previamente assinado entre as partes.
Nos canteiros, seguem os tratos culturais
Na realidade de produção de tabaco, aqui em nossa propriedade seguimos fazendo o tratamento indicado e adequado para o bom desenvolvimento das mudas nas bandejas do sistema float. Como a semana promete ter mais chuva, e com a temperatura abafada, esse é o cenário perfeito para que surjam problemas entre as mudas, caso o agricultor se descuide do trabamento. Fungos e bactérias costumam se instalar facilmente em um clima desses. Por isso, é fundamental seguir as recomendações técnicas, com a aplicação de produtos e defensivos, que são uma espécie de fortificante para as mudinhas, para que possam se desenvolver sadias e uniformes. E esperamos, sim, que venha a chuva, até para recuperar o nível de água dos açudes, que ainda seguem bastante baixos em função da recente estiagem.
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