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Por dentro da safra: agosto é um mês de muitas tarefas

Olá, pessoal! Tudo bem? Chegamos a agosto, e como já plantamos o tabaco aqui na propriedade, essas semanas agora serão dedicadas a agilizar outras operações. A proximidade com a primavera faz com que no interior se providencie o plantio de grãos e alimentos de subsistência. Em julho não se planta muita coisa, pois ainda é bastante frio, mas em agosto o trabalho é intenso.

Aqui em casa vamos plantar milho, e já plantamos feijão e igualmente diversas hortaliças, em especial para nosso próprio consumo. Também estamos finalizando o preparo da lenha para a cura do tabaco, e fazendo o replante das mudas de tabaco que morreram na lavoura ou foram atacadas por insetos. Ou seja, é um mês com muitas tarefas na agricultura!

O valor de uma propriedade diversificada

Como acontece na grande maioria das propriedades que se dedicam ao cultivo de tabaco, aqui em casa igualmente diversificamos as atividades, e em agosto essas culturas alternativas precisam de toda a nossa atenção. O tabaco costuma ser a principal fonte de renda das famílias em toda a região; se não chega a ser a principal para algumas famílias, ao menos a receita que ele gera é fundamental para os investimentos de cada produtor. Mas a produção de alimentos, grãos, hortigranjeiros, frutas, verduras, é da mesma forma essencial. Esses itens vão parar na mesa das famílias, com alimentação variada e saudável. E, muitas , venda do excedente, na cidade, além de garantir renda extra, ainda é decisiva para o abastecimento das necessidades da população.

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A rotina em família no meio rural

Uma das características das pequenas propriedades da agricultura familiar, na região e em todo o Sul do Brasil, é a sucessão familiar, em que pais ou avós transmitem sua vocação e a área de terras que ocupam a filhos ou netos. E, se no tabaco, nas lavouras e nas demais tarefas, crianças e adolescentes não podem ajudar, reservando o tempo, nessa idade, para dar seguimento aos estudos, o contrário acontece em tarefas junto à sede da propriedade.

Afinal, vivemos em família, junto com os filhos e os demais parentes, e nem poderia ser diferente, se na cidade crianças e adolescentes muitas vezes também acompanham a rotina dos pais em lojas ou outros estabelecimentos. Os nossos filhos, de todas as idades, vivem conosco, convivem conosco na rotina diária, pois moramos juntos na propriedade. E assim os filhos desde cedo aprendem a valorizar o que fazemos, o cultivo de alimentos, e a compreender o ciclo de todas as coisas na natureza, e na rotina de uma família.

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Conhecimento de geração em geração

Para ilustrar o que referi, na foto acima estou ao lado da minha filha, Giovana Luiza, que nos auxilia no cultivo das hortaliças que depois vamos consumir no almoço ou na janta, e até vender algum excedente. Claro que ela se dedica também aos estudos. Eu estou com uma bandeja de mudas de beterraba, ela com uma de mudas de cebola, e estamos junto de canteiro de alfaces, além de cebolas já plantadas, e adiante a lavoura de feijão. Assim, Giovana aprende conosco a valorizar a produção, a saber o ciclo de cada cultura, e assim aprendi com meus pais, e eles com meus avós, de geração em geração. É também uma forma de eu deixar aqui o registro e meus votos de um feliz Dia dos Pais, no próximo domingo, 9. Um grande abraço!

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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