Opa, tudo bem? Espero que sim. Aqui iniciamos, enfim, a comercialização do tabaco produzido ao longo dos últimos nove meses na propriedade da família em Cerro Alegre Alto, interior de Santa Cruz do Sul. Na manhã dessa segunda-feira vendi cerca de 800 quilos para a fumageira com a qual mantenho contrato. É uma primeira leva, pequena diante do volume produzido – cerca de 900 arrobas –, mas necessária para abrir um pouco de espaço no galpão e também para pagar contas de início de ano. O resultado foi dentro do esperado, com tabaco bom indo bem e tabaco duvidoso com a classe um pouco mais baixa.
Sob o telhado
Publicidade
Depois de meses trabalhando no preparo da terra e dos canteiros com mudas e, por fim, na lavoura, agora é época de trabalhar “debaixo das telhas”, como se diz aqui no interior. Isso porque o tabaco está todo colhido e estamos na fase de separação das classes, também chamada de classificação. A tabela tem dezenas de classes que variam de acordo com o aspecto e a coloração da folha de tabaco. O trabalho é feito manualmente, folha por folha, no galpão das propriedades. Aqui ficamos geralmente eu, minha esposa e minha mãe classificando e meu pai enfardando o tabaco. A fumageira da qual sou parceiro não exige mais que se faça as tradicionais manocas com as folhas, que vão soltas no fardo após a classificação. É uma etapa a menos no processo.
Mais dois ou três meses
O trabalho de classificação do tabaco deve levar de dois a três meses. E a comercialização da nossa safra, que é feita por etapas, deve ir até junho. Até lá, já teremos iniciado a próxima safra. Na verdade, o trabalho de preparo da terra está em andamento.
Publicidade
Tempo para o descanso
Embora seja puxado, o trabalho de classificação do tabaco permite um tempo para o descanso. Dá até para curtir uns dias com a família na praia ou viajar para outro destino. É quando aproveitamos também para colocar em dia outros serviços sem urgência que foram ficando para trás nos últimos meses. Isso sem contar a colheita do milho, o cuidado com as hortaliças, e por aí vai. Praticamente todo o fumicultor produz mais que tabaco, ou seja, sempre tem demanda para resolver na propriedade, independente da etapa da safra.
Vem novidade por aí
Publicidade
A ideia desta coluna era mostrar, pelo olhar do produtor, cada etapa de uma safra de tabaco. Com a comercialização, encerraremos esta primeira temporada na semana que vem. Mas voltamos na virada de abril para maio, aqui neste mesmo espaço da Gazeta e também no Portal Gaz, com novidades. O ótimo resultado verificado junto aos leitores nos fez renovar a parceria. Obrigado!
Publicidade