Olá, pessoal! Tudo bem? Eis que chegamos ao último dia de 2019, e esta edição também corresponde ao primeiro dia do novo ano, de 2020. Por aqui, planejávamos finalizar a colheita do tabaco antes do ano novo, mas com o calor dos últimos dias, além da baixa umidade, acabamos deixando ao menos uma fornada para 2020. Foram cinco dias de temperaturas por volta dos 40 graus, inclusive acima disso. E, diante da falta de chuvas, pode-se imaginar a situação das lavouras. O tabaco até que ainda está resistindo, mas as folhas estão sendo queimadas pelo calor, com perda acentuada de qualidade, como se pode ver na foto abaixo. Para driblar o sol, a colheita tem de começar literalmente de madrugada, como fizemos na manhã desta segunda-feira, e o mesmo fazem todos os agricultores. Por volta das cinco horas, até antes disso, tão logo começa a clarear, vão todos para a colheita, porque pelas dez horas já não há mais como ficar ao sol. A gente não aguenta o calor, e o próprio tabaco já está muito murcho, o que prejudica ainda mais a qualidade.
Produção de milho está comprometida
Com o calor intenso dos últimos dias, as pancadas de chuva que são verificadas, sempre localizadas, acabam sendo motivo de mais tensão no meio rural. Não é incomum que venham com granizo, como ocorreu no sábado e no domingo no Centro-Serra, em Ibarama e Arroio do Tigre. Nesse caso, já não bastasse o estrago causado pela falta de chuva, o granizo destrói a lavoura toda. E outras culturas igualmente sofrem. No milho, a situação é dramática. Aqui na região costuma-se colher de 100 a 120 sacas por hectare, e a gente já estava prevendo colher talvez 40 ou 50 sacas. Mas nem isso será possível. Se viesse chuva ao longo desta semana, ao menos seria possível as plantas se desenvolverem para servir de pasto aos animais. Para formarem grãos e espigas, definitivamente já não será mais possível, como se vê na foto abaixo. Pessoalmente, não recordo de temperatura tão alta em pleno dezembro, com dias seguidos de calor acima dos 40 graus.
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A vida segue: um bom 2020 para todos
A gente se despede de 2019, não mais com o sorriso no rosto do início da safra. Até ainda será uma safra boa, mas, por causa dos prejuízos motivados pelo clima, muitos agricultores mal vão conseguir pagar as despesas deste ano. E assim vão começar do zero de novo. Porém, é o nosso dia a dia. Desejamos que 2020 seja melhor do que foi 2019 com a safra na lavoura. Deixamos um grande abraço a todos os nossos leitores, e votos de um feliz ano novo. Até porque, mesmo com todas as dificuldades, já estamos planejando a próxima safra. Dentro de quatro meses, ali pelo final de abril, já estaremos iniciando a semeadura dos canteiros para a próxima temporada. É a vida que segue seu curso.
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