Olá, pessoal! Tudo bem? A gente não poderia deixar de referir, de imediato, o quanto foi valiosa essa chuva dos últimos dias. Açudes e reservatórios puderam ser recompostos. Aqui na propriedade, em Cerro Alegre Alto, interior de Santa Cruz do Sul, registramos mais de 200 mm em 14 dias. Até as vertentes começaram a correr de novo.
Os reflexos da estiagem sobre a lavoura
Como referimos na semana passada, concluímos a comercialização da safra 2019/20. Em virtude da estiagem, tivemos quebra acentuada. Normalmente colhemos cerca de 11 arrobas por mil pés, em média, e neste último ciclo fechamos em 9 arrobas por mil pés. Além do recuo em produtividade, a seca igualmente afetou a qualidade de parcela das folhas, como ocorreu em toda a região. A média geral de preço que alcançamos com a venda ficou em R$ 150,15 por arroba. Mas ainda temos de ficar gratos por tal resultado em um ano de seca tão forte.
Gente que vem de longe para comercializar
Os produtores de tabaco do Vale do Rio Pardo por vezes se deslocam 15 a 20 quilômetros para acompanhar a comercialização de sua safra junto às empresas. Mas nem para todos isso é tão tranquilo. Que o diga o casal Sérgio Goulart Cruz, 44 anos, e Claudineia Rebello Gonçalves Cruz, 43. Eles residem em Jaguaruna (SC), e precisaram se deslocar por cerca de 450 quilômetros na semana passada para entregar a produção da safra na indústria, em Santa Cruz. Depois de acompanharem a venda, fizeram uma visita a nossa propriedade (claro, com todos os cuidados em virtude da pandemia do coronavírus). Mas aproveitamos para conversar um pouco, e assim soubemos de sua rotina na agricultura.
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Uma viagem desde o Sudoeste do Paraná
Se Sérgio e Claudineia viajaram longe, mais distante ainda foi o percurso de Lenon Souza, 30 anos, e Jessica Gross, 28, que vieram de Mangueirinha, no Sudoeste do Paraná, para entregar a produção em Santa Cruz, percorrendo cerca de 650 quilômetros. Pude conversar com eles na ocasião, junto ao portão de acesso da empresa Philip Morris. Casados há 11 anos, eles têm os filhos Joaquim e Lorenzo, e na foto abaixo ainda aparece junto Gabriel, sobrinho de Lenon. Eles plantaram 65 mil pés de tabaco Burley na última safra, e a propriedade é diversificada, com pecuária leiteira e milho para silagem, a fim de alimentar os animais. “Não troco a vida na agricultura por nada neste mundo”, diz Lenon.
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