O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, afirmou nesta segunda-feira, 15, que o governo Jair Bolsonaro parou as reformas econômicas tocadas desde o ano passado para fazer uma “máquina de medidas emergenciais” para mitigar a crise causada pela Covid-19, mas reforçou que elas continuam importantes. A retomada da economia, segundo Guaranys, passa por uma “repriorização” da agenda de reformas colocadas antes da crise.
“Paramos as reformas para fazer uma máquina de medidas emergenciais, mas as reformas continuam sendo importantes”, afirmou Guaranys, na abertura do o seminário online “Retomada do crescimento por meio de investimentos em Infraestrutura”, promovido pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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O secretário-executivo defendeu as “medidas emergenciais”, divididas por eles em três conjuntos: apoio aos mais vulneráveis, como o auxílio emergencial para trabalhadores informais; flexibilização do mercado de trabalho para garantir a manutenção de empregos; e o financiamento aos gastos com saúde, defesa e educação para combater a pandemia em si. “As medidas não podem ser adotadas de forma atabalhoada, têm que ser proporcionais a cada momento”, afirmou Guaranys.
Em seguida às medidas emergenciais, segundo o secretário-executivo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, montou um grupo para pensar sobre a retomada da economia. Para Guaranys, passado o pior da crise, as reformas econômicas precisam ser retomadas, mas a pandemia e a necessidade de retomar o crescimento econômico de forma acelerada requerem que se estabeleçam novas prioridades na agenda reformista. As reformas tributárias e as que flexibilizam o mercado de trabalho para gerar mais empregos são as mais importantes, disse o secretário-executivo.
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“Haverá uma massa grande de desempregados, apesar das medidas para manutenção de empregos. É preciso fazer as pessoas serem empregadas rapidamente”, afirmou Guaranys. O secretário-executivo também reforçou que, passado o pior da crise, é preciso retomar a agenda de privatizações e concessões em infraestrutura. Embora tenha ressaltado que “não vamos colocar nada para vender agora”, Guaranys disse que, “no segundo semestre, o mundo vai voltar”.
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