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censo 2022

População parda cresce em 20 municípios da região

Foto: Rafaelly Machado/Banco de Imagens

A maioria dos 28 municípios do Vale do Rio Pardo e do Centro-Serra registrou aumento no percentual de pessoas que se declararam pardas em 2022 em comparação com 2010. A escalada ocorreu em 20 cidades. Da mesma forma, o percentual de negros cresceu em 18 localidades. Embora a população que se considera branca ainda tenha ampla maioria em toda a região, em apenas cinco municípios (Boqueirão do Leão, Gramado Xavier, Lagoa Bonita do Sul, Segredo e Sobradinho) houve crescimento. Os dados são do Censo Demográfico 2022: Identificação étnico-racial da população, divulgados nessa sexta-feira, 22, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em Santa Cruz do Sul, no ano passado, 11,29% da população se declarou parda, enquanto em 2010 foi 7,84%. O percentual de negros cresceu de 5,48% para 5,77% nestes 12 anos. A população branca teve queda de 86,36% para 82,84% no total de habitantes. Já entre os que se consideram amarelos houve redução de 0,28% para 0,05%, enquanto os indígenas permanecem com 0,04% do contingente total recenseado.

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Além de Santa Cruz do Sul, houve aumento no percentual da população que se declarou parda desde 2010 em Arroio do Tigre, Candelária, Encruzilhada do Sul, Estrela Velha, General Câmara, Herveiras, Ibarama, Lagoão, Mato Leitão, Pantano Grande, Passa Sete, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Salto do Jacuí, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz. O aumento seguiu a realidade nacional. Conforme o IBGE, em 2022, cerca de 92,1 milhões de pessoas se declararam pardas, o equivalente a 45,3% da população do País. Desde 1991 esse contingente não superava a população branca, que chegou a 88,2 milhões (ou 43,5% da população brasileira).

Outras 20,6 milhões de pessoas se declaram pretas (10,2%) no Brasil. Na região, houve aumento no percentual em relação a 2010 nos municípios de Barros Cassal, Candelária, Cerro Branco, Encruzilhada do Sul, Gramado Xavier, Herveiras, Ibarama, Lagoa Bonita do Sul, Lagoão, Mato Leitão, Pantano Grande, Rio Pardo, Salto do Jacuí, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Sobradinho, Tunas e Venâncio Aires. Conforme a coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais, Marta Antunes, o censo demográfico é a única pesquisa que permite olhar todas as categorias de cor ou raça e a sua evolução ao longo das décadas. “O censo mostra a diversidade da nossa população”, destaca.

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No Rio Grande do Sul, a população que se declarou branca caiu de 83,22% em 2010 para 78,42% em 2022. Entre as pessoas que se consideram negras houve aumento de 5,57% para 6,62%, os pardos tiveram aumento de 10,57% para 14,67%, os amarelos diminuíram de 0,33% para 0,07%, enquanto os indígenas permaneceram com 0,31%.

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