Uma situação que está se repetindo em Santa Cruz do Sul e em outros municípios chama a atenção das autoridades de saúde. Pessoas que fazem parte dos grupos prioritários e deslocam-se até os pontos de vacinação acabam desistindo de receber a imunização quando são informadas sobre a vacina disponível. É importante destacar que a população não pode optar entre uma vacina ou outra, devendo ser aplicada a que estiver disponível no local no momento da procura.
Segundo a coordenadora-adjunta da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), Aline Lima, quando o Ministério da Saúde encaminha um lote de vacinas ao Estado, os grupos prioritários para cada um dos imunizantes já são predefinidos. Por exemplo, a última remessa recebida pelo Rio Grande do Sul continha 441 mil doses. Destas, 174 mil eram CoronaVac e foram destinadas exclusivamente para garantir as segundas doses, enquanto as outras 267 mil eram da Oxford/AstraZeneca e, em sua maioria, foram disponibilizadas para a primeira dose em pessoas de 62 e 63 anos ou mais e profissionais de segurança.
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No último sábado, durante as aplicações no Parque da Oktoberfest, a reportagem da Gazeta do Sul verificou por mais de uma vez pessoas que se negaram a receber o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca, e produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Uma delas chegou a dizer que “iria morrer” se tomasse a vacina. Na ocasião, o coordenador do Programa Municipal de Imunizações, Róger Rodrigues Peres, salientou que todas as vacinas são disponibilizadas após diversos estudos que atestam sua segurança e confiabilidade. Ele reforçou a necessidade de que todas as pessoas sejam imunizadas assim que possível, sendo essa a única forma eficaz de controlar a pandemia.
Recentemente, o imunizante de Oxford/AstraZeneca esteve envolvido em polêmicas acerca de seus possíveis eventos adversos, como formação de coágulos e trombose, situação que fez alguns países suspenderem temporariamente sua utilização. No entanto, o avanço dos estudos vem mostrando que não é possível associar esses efeitos colaterais à vacina, visto que eles também ocorrem em pessoas ainda não vacinadas.
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Na Europa, até o dia 22 de março, 25 milhões de pessoas já haviam recebido a imunização e somente 86 apresentaram casos suspeitos do problema. Para quase todos os vacinados os efeitos colaterais são inexistentes ou moderados, como dor de cabeça, dor no local, febre baixa e mal-estar leve, que desaparecem em até 24 horas. Os especialistas também reforçam a recomendação para que a população esteja atenta às datas e não perca o prazo para a segunda dose, fundamental para garantir a imunização.
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