Em uma época em que não havia grandes opções de compra e de lazer em Santa Cruz do Sul, os bares e armazéns eram referência em vários pontos da cidade. Um dos que ficou na lembrança foi o de Willy Fritsch, na Avenida Independência, onde hoje é a Farmácia Independência.
Na década de 50, a Independência, após a Rótula do 2001, era uma via sem asfalto e que levava à Entrada Rio Pardinho, Rio Pardinho, Sinimbu e região serrana. Por ali, circulavam viajantes, carroceiros, transportadores de fumo e outros.
Traudi Knak, filha de Willy, conta que os viajantes paravam no bar, armazém e churrascaria do seu pai. Além da comida boa, no entorno havia sombra, água e espaço para deixar os animais. Quem também gostava de acampar por perto eram os ciganos, que falavam alto e impressionavam as crianças com suas joias de ouro e roupas coloridas.
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Grupos de amigos da cidade costumavam encontrar-se no local, que tinha cerveja gelada e chopeira. O que também fazia sucesso era a máquina de sorvete. A câmara com água gelada e sal grosso precisava estar sempre abastecida, para garantir a consistência da guloseima.
A cancha de bolão era outra atração. As disputas ocorriam à noite. Aos sábados e domingos, durante todo o dia. Os jogadores faziam as refeições no local e costumavam elogiar a comida preparada por Willy e sua esposa Iria.
A leitora ainda lembra das reuniões de fumicultores e das festas de casamento que os pais organizavam. As enchentes do Rio Pardinho também ficaram na sua memória. O casal Fritsch teve os filhos Traudi e Xavier.
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